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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

INDÚSTRIA DE MATERIAL BÉLICO DO BRASIL – IMBEL.

DESCRIÇÃO
Este artigo tem o objetivo de apresentar as armas leves de um dos grandes fabricantes de armas do Brasil. A Industria de Material Bélico do Brasil, ou simplesmente Imbel. Criada no inicio da década de 70, o seu produto inicial e mais popular foi o famoso fuzil FAL, do qual a Imbel passou a montar no Brasil depois da patente do projeto ter expirado. Uma coisa interessante sobre a Imbel é que existe uma grande controvérsia sobre ela, pois muitos apreciadores de armas têm criticas a ela, enquanto que outros especialistas têm um grande respeito pela qualidade de seus produtos.  A Imbel demonstrou pontos muito positivos e outros pontos que poderiam melhorar. Como ponto positivo, eu aponto a extrema robustez das armas que eles produzem. Principalmente as pistolas, cuja qualidade é evidente. A precisão de suas armas é muito boa também, evidenciando o padrão de qualidade dos processos de fabricação das peças de seus produtos, principalmente o cano. Como ponto a melhorar, eu aponto que o peso de suas armas, normalmente é maior que de suas similares, particularmente as pistolas de calibre 380 ACP, de forma que dependendo de quem usa, pode se sentir incomodado com o porte. Outro ponto, diz respeito a empresa em si. A Imbel deveria investir mais em novos produtos ao invés de apenas manter em sua linha de montagem armamentos cujo projeto são relativamente antigos. Para se ter uma idéia do que eu estou falando é só observar o caso das pistolas. Todas as pistolas são derivadas do modelo M-1911 (referencia ao ano de seu projeto), projetadas pelo genial John Moses Browning.
A partir de agora, vou apresentar as principais armas desta famosa empresa, cujo reconhecimento internacional pode ser medido, pelo fato de ser fornecedora das peças que compõe as pistolas M-1911 da conhecida marca norte americana Springfield Armory. Porém, quero ressaltar que a Imbel não produz apenas armas leves. O foco deste artigo, no entanto, é apresentar estas armas.

FUZIL AUTOMATICO LEVE FAL.
Acima: O fuzil FAL, acima e o compacto Para FAL, foram um marco na história da Imbel como fabricantes de armas para o mercado militar. A Imbel mantém o FAL em produção sendo uma das ultimas empresas do mundo a manter a linha de montagem deste antigo modelo.
O Exército Brasileiro é o principal cliente da Imbel graças a o fato do armamento padrão da infantaria ser o velho e conhecido fuzil FAL, chamado de M-964 (referencia ao ano de 1964, quando foi adotado pelo Exército). O FAL é totalmente construído pela Imbel e o cano, forjado a frio, é extremamente resistente. A Imbel produz o FAL nas versões M-964 e M-964 A1 (versão pára-quedista com cano mais curto e coronha rebatível). Embora seja um projeto antigo, ainda permanece em produção. Para conhecer mais detalhes do FAL entre no artigo deste blog que trata especificamente sobre ele no link: FAL. A Imbel produziu uma versão do FAL no mesmo sistema de funcionamento, ou seja, aproveitamento de gases com ferrolho basculante, porém com o calibre menor 5,56X45 mm, porém o armamento foi considerado pesado e não tão preciso e por isso não teve uma aceitação no mercado.
FICHA TÉCNICA ( IMBEL FAL – M-964)
Fabricante: Imbel Brasil
Tipo: Fuzil de assalto
Sistema de operação: Aproveitamento de gases e ferrolho basculante.
Calibre: 7,62X51 mm (308 Winchester).
Peso: 4500 g.
Comprimento: 1,10 m
Comprimento do cano: 21 polegadas (533 mm)
Capacidade: 20 tiros.
Acabamento: Pintura negra feita a fogo.
Velocidade do projétil na boca do cano: 838 m/seg.
Cadencia de tiro: 700 tiros/ min.
Alcance de uso: 600 m.

MD-97. ENTRANDO NA ERA DO FERROLHO ROTATIVO.
Acima: O fuzil MD-97LC representa uma nova abordagem da tradicional fabricante brasileira no desenvolvimento de armas de assalto.
Visando substituir o FAL no mercado e principalmente conseguir um contrato com o Exercito Brasileiro, a Imbel desenvolveu um novo fuzil, chamado MD-97, em calibre 5,56X45 mm, seguindo uma tendência mundial no uso deste pequeno calibre. Além do calibre a Imbel usou no projeto um novo sistema de funcionamento que ainda não havia sido usado em nenhum de seus produtos. O sistema de ferrolho rotativo com aproveitamento de gases foi um desafio para o pessoal a engenharia da Imbel e também segue uma tendência nesse tipo de armamento, graças a uma maior confiabilidade mecânica amplamente testada em combate. Para conhecer mais do MD-97, entre no link do artigo feito sobre ele neste Blog no link: MD-97.
Embora o armamento tenha apresentado boa precisão, algumas falhas relacionada a quebra do percussor, forçaram a Imbel a modificar o projeto e ainda, buscar o desenvolvimento de um novo fuzil, ainda não apresentado, porém com alguns protótipos em testes na fabrica de Itajubá.
FICHA TECNICA MD-97LC
Fabricante: Imbel; Brasil
Tipo: Fuzil de assalto
Sistema de operação: Aproveitamento de gases e ferrolho rotativo.
Calibre: 233 Remington (5,56 x 45 mm).
Peso: 3700 g (descarregada).
Comprimento do cano: 435 mm (330 mm o modelo MD97 LC).
Capacidade: 30 tiros carregador STANAG (M16 /AR15).
Acabamento: Pintura negra em tinta epóxi curada em estufa.
Velocidade do projétil na boca do cano: 950 m/seg.
Cadencia de tiro: 900 tiros/ min.
Alcance de uso: 600 m (97 L/F) e 300 m (97LC e LM).

AGLC. UM SNIPER BRASILEIRO
Acima: A fuzil AGLC usa o clássico e confiável sistema Mauser de funcionamento pra garantir sua precisão em tiros de "comprometimento".
As forças armadas e de segurança do Brasil sempre foram carentes de um armamento especializado pra tiros de precisão que fosse de origem nacional, obrigando ao comando destas forças a arcarem com custo elevados na aquisição e manutenção de armamentos importados. A Imbel percebendo esta lacuna resolveu desenvolver um armamento especifico para esta tarefa. Surgiu ai o fuzil AGLC cujo projeto teve inicio no ano 2000. O AGLC faz uso do sistema de operação Mauer e calça o tradicional e potente calibre 7,62X51 mm, amplamente utilizado na função de “sniping”, O cano forjado a frio é do tipo flutuante e permite uma precisão de 1 MOA e alcance efetivo de 600 metros. O AGLC foi adotado pelo exercito brasileiro e por muitas forças policiais do Brasil.
FICHA TÉCNICA AGLC
Calibre: 7,62X51 mm.
Operação: Ação mauser.
Comprimento: 120cm.
Comprimento do cano: 609 mm (24 polegadas).
Capacidade: 5 tiros no carregador mais um na câmara.
Mira: telescópica.
Peso: 4,7Kg (vazia).
Velocidade do projétil: 820 m/seg (boca do cano).
Alcance efetivo: 600 Mts.

PISTOLAS M-1911. CONSOLIDANDO A BOA FAMA.
Acima: A fabrica de armas norte americana Springfield Armory usa em sua linha de montagem das pistolas M-1911 peças fornecidas pela Imbel. Reconhecimento internacional da qualidade da fabricante brasileira.
A Imbel tem em suas pistolas um fator de consolidação da qualidade de suas armas. O padrão usado em todas as pistolas Imbel é o M-1911, em diversas configurações e calibres. Inicialmente, a Imbel começou a fabricar no Brasil uma cópia da famosa pistola Colt M-1911 A1, em 1968 e desde então, o processo de produção e modificações foram sendo introduzidos ao modelo, que foi sendo otimizado para tarefas distintas como a modalidade esportiva do tiro pratico, onde, especialmente obteve sucesso entre os praticantes deste interessante esporte. Um modelo que foi bastante comercializado foi a TP-45 com acabamento com ferrolho oxidado (negro) e armação inoxidável (prateada) gerando um modelo, especialmente bonito. O modelo 1911 foi fabricado nos calibres 380 ACP (MD-1 A1); 9 mm (M-973); 45 ACP (M-911, TP e TP Plus). Os modelos mais recentes destas pistolas foram construídos com a armação modificada e com carregadores bifilares de grande capacidade. A nomenclatura "GC" (grande capacidade) é o indicativo dos modelos com tais características.
FICHA TECNICA M-1911
Calibre: 45 ACP.
Capacidade: 7+1 tiros.
Comprimento do cano: 5 polegadas.
Comprimento total: 222 mm.
Sistema de operação: Ação simples.
Mira: Alça e massa fixa.
Acima: O modelo MD-1N foi a primeira pistola nacional em calibre 380 ACP em sistema de ação simples. Trata-se de uma robusta e confiável pistola de uso permitido no Brasil.
EXPERIÊNCIA DE TIRO
Minha experiência com Imbel é limitada as suas pistolas. Pude usar o modelo M-911 em calibre 45, a MD-1 GC em calibre 380 e a MD-1N em calibre 380 com carregador monofilar.
As conclusões que posso fazer da experiência com tais modelos é que são armas pesadas (particularmente as de calibre 380 ACP), o que justifica o maior controle de seu recuo, absorvido pelo peso geral do armamento; São armas extremamente robustas, com visível durabilidade. Eu não gosto muito do sistema de ação simples, o que não deprecia em nada sua qualidade apreciada por muitos atiradores, de forma que essa minha opinião é meramente pessoal. As travas incorporadas ao modelo incomodam um pouco para o porte e considero importante um treinamento mais assíduo com esses modelos a fim de evitar acidentes por uso inadequado. No geral, costumo recomendar os modelos de pistolas Imbel para uso esportivo, especificamente, porém, quero salientar que, as pessoas que gostam do modelo de ação simples e que aceitem a responsabilidade de treinar mais vezes, terão na Imbel uma confiável companheira de defesa.
Acima: Soldados do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) Policia Militar de Minas Gerais treinam ações táticas com seus fuzis MD-97LC.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BENELLI M-3 SUPER 90. A melhor espingarda de combate do mundo.

DESCRIÇÃO
Como prometido em recente matéria, eu continuarei a apresentar espingardas de combate neste blog. Este tipo de arma, muito usado para caça, acabou tendo uma boa utilidade a serviço da defesa residencial e em combate policial, além de que, muitas tropas especiais militares também fazem uso do excelente poder de parada que estas interessantes armas são capazes de proporcionar.
O armamento que é foco deste artigo se chama M-3 Super 90 e é fabricado pela famosa empresa italiana Benelli, mais conhecida pelas suas excepcionais motocicletas. Na verdade a divisão da Benelli que produz armas se chama Benelli Armi, localizada na cidade de Urbino, e foi fundada pelos dois irmãos Benelli que têm um gosto especial pela atividade de caça. Como este tipo de arma é extremamente flexível em seu uso, não demorou para que fossem produzidos modelos destinados ao uso tático policial, como a M-1 em meados dos anos 80, uma espingarda semi automática que é, até hoje, muito popular nas mãos de muitos policiais, principalmente nos Estados Unidos.
Acima: A espingarda Benelli M-1 foi o primeiro produto desta conceituada fabrica para o mercado tático. Diferentemente da M-3, este modelo opera, exclusivamente em semi-automático.
A grande sacada que torna as espingardas Benelli diferentes e melhores que suas concorrentes é seu sistema de funcionamento semi-automático que usa o aproveitamento de gases para movimentar um ferrolho rotativo com dois ressaltos que torna o processo de ciclagem extremamente rápido. As espingardas desta marca são consideradas as mais rápidas do mundo de forma que é possível disparar 5 vezes o potente cartucho calibre 12 em apenas um segundo, fato, este, que pode ser considerado uma façanha numa arma semi automática que dispara uma munição de elevado nível de recuo.
Acima: O modelo M-3 Super 90 que aparece nesta foto é o modelo inicial, que serviu de base para versões com modificações que otimizam seu uso em determinadas situações.
A M-3 Super 90, especificamente tem um ingrediente a mais que a torna, ainda mais interessante frente a suas irmãs mais velhas. Ela opera em dois modos: No sistema semi-automático, como descrito acima, e caso o atirados prefira, no modo manual, conhecido como ação de bomba, ou pump action, A mudança de sistema se dá pela manipulação de um botão montado na ponta do cano o carregador (cano de baixo) que quando comprime a mola, deixa a arma em funcionamento manual, e quando este botão é solto, e aberto, ele permite o funcionamento exclusivamente em semi automático. A M-3 Super 90 original tem capacidade de 7 cartuchos no tubo carregador mais um na câmara, dando uma boa persistência de combate.
Acima: Nesta foto podemos ver o botão que libera o funcionamento em semi auto (a esquerda) ou em apenas pump action (a direita). Trata-se de um sistema simples e funcional que não requer treinamento extra para o atirador se adaptar.
Foram produzidas algumas versões desta excelente espingarda, sendo elas a M-3T (tactical), com coronha rebatível e empunhadura de pistola (pistol grip); A M-3 Super 90 com a empunhadura de pistola e coronha rígida; a M-3 super 90 Shorty, com cano extremamente curto e coronha restratil, para ser usada em ambientes apertados como o interior de uma casa, por exemplo. Porém, atualmente a Benelli produz o modelo M-3 convertible, configurada com um carregador reduzido com 5 cartuchos no tubo de carregador mais um na câmara. Neste modelo, a alça da mira é regulável e possui inserto de tritium para um rápido enquadramento em condição de baixa luminosidade.
Acima: A M-3T possui uma estranha porém util coronha rebátivel, que facilita seu uso em situações de ambientes fechados.
Acima: O modelo M-3 Super 90 com empunhadura de pistola, também, muito popular no meio policial.
Acima: O modelo M-3 Shorty é a versão mais compacta desta espingarda de combate. Ideal para uso em ambientes muito apertados ou portar de forma dissimulada.
Embora seja uma espingarda considerada cara, dentro de sua categoria, onde há modelos de boa qualidade a um custo mais baixo, a vantagem tática proporcionada por esta excelente espingarda coloca o seu usuário um passo a frente em situação de combate. Por isso, é mais comum encontrar a M-3 Super 90 nas mãos de soldados de elite, tanto policiais como em forças militares, cujas missões exigem uma ferramenta de capacidade diferenciada.
Acima: O modelo M-3 Convertible representa a atual versão em produção desta excelente espingarda. Certamente o modelo terá muito tempo de vida pela frente nas mãos das forças de seguranças e militares.

FICHA TÉCNICA (M-3 Convertible)
Tipo: Espingarda de combate.
Miras: Alça regulável com insertos de tritium e massa fixa.
Peso: 3,2 Kg (carregador vazio).
Sistema de operação: Aproveitamento de gases (semi auto) e pump action.
Calibre: Cartucho12.
Comprimento Total: 1,15 m.
Comprimento do Cano: 19,75 polegadas.
Capacidade: 5+1 tiros.
 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Guarda Municipal registra queda de 19% em ocorrências no Carnaval

Guarda Municipal registra queda de 19% em ocorrências no Carnaval
Rio - Durante toda Operação Carnaval 2012, que termina nesta quarta-feira, dia 22, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro já registrou uma queda de 19% no número de ocorrências relacionadas ao patrulhamento em geral (como crianças perdidas, solicitações de atendimento via 1746, auxílio ao público, entre outros) e crescimento de 10% no número de veículos infracionados em relação ao Carnaval do ano passado. Além disso, caiu para 47% o número de veículos rebocados.


O Centro de Controle Operacional (CCO) da Guarda Municipal do Rio de Janeiro registrou 72 ocorrências durante o Carnaval em toda a cidade, o que representa uma queda de 19% em relação ao ano anterior. No Carnaval de 2011, a GM-Rio registrou 89 ocorrências. Já nos anos seguintes foram 214 ocorrências (2010), 108 ocorrências (2009), 79 ocorrências (2008), 94 ocorrências (2007), 97 (2006), 214 (2005), 154 (2004), 406 (2003), 281 (2002) e 323 (2001).

A Coordenadoria de Trânsito da Guarda Municipal registrou 4.113 infrações desde sexta-feira, dia 17, até 9h desta quarta-feira, dia 22 - um aumento de 10% no número de multas em relação a 2011, quando foram registradas 3.723 infrações. Em 2010, a GM-Rio havia registrado 3.629 multas.

Já em relação ao número de veículos rebocados pela GM-Rio, neste Carnaval foram rebocados 405 veículos. O que representa uma queda de 47 % em comparação com o ano de 2011, quando foram rebocados 778 veículos. Já em 2010, foram 234 veículos rebocados.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

GUERRA DE 4ª GERAÇÃO.


A guerra de primeira geração era caracterizada pelo combate linear, com formações cerradas e as batalhas eram campais, prevalecendo o corpo-a-corpo. Assemelhavam-se  a paradas militares com toques de clarins, estandartes desfraldados e a superioridade numérica era decisiva. Ela atingiu a sua plenitude na era napoleônica.

As inovações tecnológicas decorrentes da revolução industrial deram origem à guerra de segunda geração caracterizada pela Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918. Passou a haver a preponderância do apoio de fogo sobre a manobra.

         Dispondo de meios cada vez mais sofisticados-terrestres, navais e aéreos – surgiu a guerra de terceira geração baseada não somente no poder de fogo e no confronto direto. A velocidade, a surpresa, a mobilidade, a iniciativa, a liberdade de manobra, as operações profundas na retaguarda do inimigo, para causar-lhe o colapso de trás para frente, são algumas das características  da guerra de terceira geração, não linear.

         Os autores divergem quanto ao enquadramento da Segunda Guerra Mundial nesta hierarquia. Uns dizem que ela representou o ápice da guerra de segunda geração. Outros dizem que aí começou a guerra de terceira geração. Uma coisa é certa: a bomba atômica acelerou o término da guerra e isto jamais existiu nos conflitos  internacionais anteriores.

         Há mais de uma década, os autores especulam sobre as características da quarta guerra de geração.

         Após o audacioso e incomparável atentado terrorista às torres gêmeas de Nova Iorque, no inesquecível 11 de setembro, os analistas estratégicos intensificaram seus estudos a respeito desta guerra para qual o soldado convencional não está preparado.

         O Presidente Bush na tentativa de dar uma resposta ao terrorismo, declarou guerra ao Iraque e, em poucos dias, ocupou o país e derrubou Saddam Houssein. Enganaram-se os que pensavam que o conflito estava terminado. A guerra continua, pior do que antes, e as baixas aumentam a cada dia. A opinião pública norte-americana se revoltou e o Presidente Bush é hoje considerado o mais impopular líder dos Estados Unidos. Afinal de contas, já foram gastos três trilhões de dólares na guerra do Iraque e a perda de milhares de vida não tem preço.

         E a situação no Afeganistão está cada vez pior. Os integrantes da Al Quaeda se refugiam nas cavernas de Tora Bora e impõem pesadas perdas aos norte-americanos, e seus aliados.

         Os fracos para enfrentaram os fortes abandonam os princípios éticos, as normas e preceitos que orientam a formação dos soldados de carreira. Escudados pelo fanatismo religioso, acostumados à violência e à  rusticidade, valem-se da surpresa para atemorizar os oponentes e atingem às suas finalidades.

         Que medidas preventivas podem ser adotadas para evitar os ataques de homens e mulheres-bomba?

         O combatente regular, subordinado aos princípios legais, não pode se nivelar ao terrorista indiscriminado que não tem o mínimo escrúpulo de , pelo menos, selecionar suas vítimas.

         No Iraque, combatentes norte-americanos não observaram  princípios éticos e praticaram atos abomináveis contra iraquianos presos.

O terrorista é um guerreiro primitivo, corajoso, cruel, rústico, muito bem treinado, covarde, adaptado às condições adversas, dedicadíssimo à sua causa e que dispõe de recursos e meios adequados ao cumprimento de sua missão, mesmo que seja suicida.

Os custos da guerra de quarta geração serão elevadíssimos e não há  previsão quanto a sua duração. Será bem mais compensador o emprego de ações do tipo comando, com efetivos reduzidos, com o máximo de  iniciativa e liberdade de atuação, privilegiando a surpresa, a manobra e a mobilidade. Os objetivos físicos perderão a sua importância em comparação com os efeitos psicológicos decorrentes de uma operação exitosa. A Inteligência terá um papel preponderante e consumirá recursos vultuosos já que a espionagem internacional atingirá o seu ápice.

Segundo os especialistas, a guerra de quarta geração será decidida nos níveis estratégico, operacional, moral e mental, ao invés dos níveis tático e físico como nas guerras de geração inferior. As características de guerra irregular serão as prevalentes e o terrorismo será um componente fundamental na guerra de quarta geração.

Há quem diga que o ambiente no Rio de Janeiro, no combate à criminalidade, se assemelha ao da  guerra de quarta geração.

É bem verdade que as características dos  narcotraficantes e dos integrantes das facções criminosas se assemelham, em parte,  às do terrorista, anteriormente relacionadas.

  É bem verdade que possuem poder de fogo e aproveitam os morros, montanhas e matas para regiões de homizio.

É bem verdade que desenvolvem uma “guerra irrestrita”, com características de guerrilha e terrorismo urbano, aproveitando as vulnerabilidades do Estado.

É bem verdade que os criminosos, cada vez melhor armados, são tão violentos e cruéis como os terroristas suicidas de Osama  Bin Laden.

Porém, há um certo exagero ao compará-los ao inimigo da guerra de quarta geração. As cavernas de Tora Bora são bem diferentes das nossas, não há fanatismo religioso, não possuem arsenal de armas comparável ao dos terroristas, os líderes das facções criminosas não se  igualam a Osama Bin Laden, ainda não contam com apoio de organizações internacionais, e, felizmente, não existem homens e mulheres-bomba.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Cidades integrantes do Corgems promovem operações especiais contra a criminalidade

Os municípios integrantes do Corgems (Conselho Regional de Gestores Municipais de Segurança) promoveram nas duas últimas semanas operações especiais contra a criminalidade. Indaiatuba realizou as ações com participação da Guarda Municipal, com o GOC (Grupo de Operações com Cães), Getran (Grupo Especial de Trânsito) e GAP (Grupo de Apoio Preventivo), Polícia Civil e Departamento de Fiscalização, na quinta-feira (16), entre 21h e 1h.
A equipe passou pelas zonas norte e sul em bares e locais suspeitos de serem utilizados para tráfico e uso de drogas. A delegada titular do município, Ruth Daniel de Souza e o chefe do Gabinete do prefeito Reinaldo Nogueira (PMDB) e secretário de Defesa e Cidadania, Alexandre Guedes Pinto também acompanharam os trabalhos.
A equipe contava com 15 viaturas e 30 homens. Três bares foram fechados, um deles no Cidade Nova, um no santa Cruz e outro no Jardim Morada do Sol por irregularidades no alvará de licença. Também acabaram aplicadas três notificações e multas. Um total de 76 pessoas acabou averiguado.
A GM e a Polícia Civil apreenderam dois tubetes plásticos na Praça Votura, no bairro Cidade Nova. O cão Red, da raça labrador, integrante da equipe do GOC localizou tablete de maconha na mochila de um adolescente, próximo de um bar na rua Humaitá, no centro. As ocorrências foram apresentadas na Delegacia Central.
Valinhos promoveu a operação na sexta-feira (10) e participaram a Guarda Municipal, com GOC (Grupo de Operações com Cães), o GAT (Grupo de Ações Táticas) e a Polícia Civil. Foram abordadas 11 pessoas em 10 bairros diferentes, entre eles Jardim Palmares, Bom Retiro, Recreio e Morada do Sol. Foi localizado um cachimbo para consumo de crack.
Em Americana, os trabalhos aconteceram entre 9h e 22h, também no dia 10. Participaram 11 viaturas da Guarda Municipal, com canil, Romep, carros operacionais e 31 guardas. Foram averiguadas 34 pessoas e 71 veículos. Um suspeito foi preso por tráfico de drogas com 180 gramas de mesclado e 30 gramas de crack.
A cidade de Vinhedo também promoveu ações durante a Festa da Uva. Foram apreendidos cinco papelotes de cocaína, três de maconha e cinco de produto não identificado.

Guardas municipais participam de cursos para ação em emergências - GOE de Volta Redonda

Volta Redonda
Em situações adversas como enchentes e tempestades - onde há necessidade de auxilio - o mais comum é acionar o Corpo de Bombeiros. Porém, a preparação de outros agentes de segurança como a Guarda Municipal pode ser um grande auxílio em determinados momentos. No último dia 19 de janeiro, a ação de um guarda municipal ao salvar um casal preso no carro devido à enchente na Vila Santa Cecília revelou a prática do órgão em preparar seus agentes para situações emergenciais. De acordo com o inspetor da Guarda, Valdo Gomes Rocha, a função primária da corporação evoluiu de apenas protetor do patrimônio público, se tornando muito mais abrangente e fazendo com que ao longo dos anos os guardas fossem capacitados para agir nas situações mais diferenciadas.
- Os guardas receberam treinamentos e capacitações ao longo dos anos justamente para estarem preparados quando se deparassem com uma situação real. Naquele caso específico o guarda tinha, entre outras formações, a capacitação no Grupamento de Operações Especiais da Guarda Municipal, no qual o curso capacita os agentes e realizarem resgates em locais difíceis. Não são todos os agentes que recebem todas as capacitações, pois não há como deslocar todo o efetivo, porém quando a oportunidade surge sempre deslocamos um grupo para receber a formação e agir como multiplicadores dentro da corporação - contou, acrescentando que a preparação da Guarda é constante e tem que focar todo o efetivo, pois o problema pode acontecer em uma área em que o guarda no local precisa saber oferecer o primeiro atendimento.
- Hoje a Guarda não se limita a ficar tomando conta de prédios. Aquela interpretação de bens e serviços dá margem a muitas interpretações - destacou.
O inspetor explicou que a Guarda recebe preparação em diversas áreas como operacionais, atendimento ao publico e socorro. Segundo ele, as especializações básicas estão previstas na grade curricular nacional de Guarda Municipal. As capacitações têm que ser realizadas por uma instituição policial. A GM já passou por cursos promovidos pelo 28º Batalhão de Policia Militar e do Corpo de Bombeiros. Gestão integrada, análise de função, relações humanas, ética e direitos humanos são algumas das capacitações - que vão desde matérias sobre o atendimento público, passando pelo código de trânsito, direito civil, como lidar com o cidadão e até a prática de tiro.
- O currículo é bem amplo. O GOE (Grupamento de Operações Especiais), por exemplo, teve como foco principal o resgate em locais de difícil acesso e ambiental, que foi feita pelo Corpo de Bombeiros. Temos aí a mata da Cicuta e a parte ambiental da região que é bem extensa, além do consórcio com os outros municípios, e essa legislação moderna nos dá oportunidade de, eventualmente, até sair dos limites da cidade. Esse curso atende não só resgate, mas para diversas outras situações - acrescentou, frisando que, atualmente, a Guarda também conta com um grupo capacitado em adestramento de cães de guerra, além de controle de distúrbios civis que envolve imobilizações e conduções de multidões.
- Volta Redonda tem uma diversidade de eventos, incluindo um estádio, que recebe jogos de grande porte, e partidas de futebol envolvem torcidas e alguns problemas como brigas generalizadas. É claro que há a instituições policiais, mas a Guarda também tem preparação para isso - afirmou o inspetor.
Aprendizado colocado em prática
Everaldo Bertuci é guarda há 22 anos e ficou conhecido na região após um vídeo em que resgata um casal da enchente foi para na Internet. Ele conta que fez quase todos os cursos de capacitação oferecidos pela corporação - entre eles os de salva-vidas e do Grupamento de Operações Especiais. Essa, porém, não foi a primeira atuação do agente em uma enchente.
- Já tive a oportunidade de auxiliar em uma grande enchente em 1996, quando tivemos que resgatar as pessoas de suas residências nos bairros Jardim Veneza e Barreira Cravo, entre outros. Conseguimos tirar bastante gente - contou.
O guarda reafirma a importância de estar sempre preparado, pois nunca se sabe quando determinados conhecimentos serão necessários.
- O que aconteceu na Vila Santa Cecília foi a oportunidade de botar em prática o que foi oferecido pela instituição - acrescentou.