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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Drogas e explosivos em 8 segundos


Aeroportos de Confins e da Pampulha e outros 13 terminais do país receberão reforço de equipamentos que detectam substâncias ilícitas quase instantaneamente, a partir da Copa das Confederações, em 2013

A utilização de detectores de materiais explosivos e de drogas (sigla em inglês, ETD) é uma das ferramentas mais eficazes no combate ao tráfico de drogas e ao terrorismo nos EUA. 
Serão instalados três equipamentos no aeroporto internacional e dois no regional até o fim do primeiro semestre de 2013, semelhantes aos usados na Europa e nos EUA, para a inspeção de passageiros e bagagens. Ao todo a Infraero comprou 50 unidades do Explosive Trace Detector, para 15 terminais do país, ao custo de R$ 7,15 milhões, visando ao aumento da segurança na Copa das Confederações, no ano que vem, e na Copa do Mundo de 2014. As máquinas apontarão resíduos das substâncias ilegais em apenas 8 segundos e com 98% de confiabilidade.
 
Junia Oliveira*

Cerco ao tráfico de drogas e a explosivos nas principais portas de conexão de Minas Gerais com o mundo. O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Grande BH, e o da Pampulha, na capital, receberão, até o fim do primeiro semestre de 2013, cinco detectores de material explosivo e de drogas (EDT, do inglês Explosive Trace Detector). O equipamento, usado na maioria dos aeroportos da Europa e dos EUA, será instalado nos setores de inspeção de passageiros e de bagagens e apresenta a análise em oito segundos.

Ao todo, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) comprou 50 unidades, que serão distribuídas em 15 terminais do país.

O investimento, de R$ 7,15 milhões, vai aumentar a segurança nos terminais de todas as cidades onde haverá jogos da Copa das Confederações, no ano que vem, e da Copa do Mundo, em 2014. Além de Confins e Pampulha, serão beneficiados os aeroportos de Fortaleza, Salvador, Recife, Natal, Curitiba, Porto Alegre, Manaus, Cuiabá e Congonhas (SP) e o Santos Dumont (RJ). Fora do circuito dos eventos esportivos, receberão também detectores os aeroportos de Belém, Florianópolis e Foz do Iguaçu (PR). Cada equipamento custa R$ 143 mil. Somente em Confins, a Polícia Federal apreendeu, em 2011, 25.030 comprimidos de ecstasy e pontos de LSD e quase 6 toneladas de outras drogas. Este ano, foram 60 comprimidos e 120 quilos respectivamente.

As máquinas, que podem ser portáteis ou implantadas em plataforma fixa, estão em fase de testes, previstos para serem concluídos em três semanas. A previsão de assinatura do contrato para selar a compra com a Proscan Comércio e Serviço Ltda, vencedora da licitação, é o início de 2013. De acordo com a Infraero, a assinatura está condicionada à aprovação dos equipamentos e, depois dessa fase, a empresa terá 120 dias para fornecê-los. Em Minas, serão enviadas três unidades para Confins e duas para a Pampulha. O aeroporto internacional mais que dobrará sua capacidade de detectar materiais perigosos, já que hoje opera com dois aparelhos. Outro setor que já usa essas máquinas – portáteis – são os Correios, para verificar o conteúdo de correspondências.

Segundo o gerente da área de vendas da Safran Morpho (grupo francês responsável pela tecnologia e parceiro da empresa vencedora da licitação), Antoine Balusseau, o equipamento tem capacidade para detectar materiais explosivos, como TNT, drogas, como cocaína e heroína, e líquidos ou pós desconhecidos. O teste de explosivos é feito em uma amostra de pano composto de fibra de vidro e teflon.

"Diante de qualquer suspeita, a autoridade local fixa um pedaço do material na mala ou em partes do corpo do passageiro com a maior probabilidade de ter tido contato com drogas ou explosivos, como mãos e braços", explica Balusseau. "Em seguida, essa amostra é posta na máquina, que vai indicar se há algum tipo de contaminação ou resíduos e quais são eles", completa. O tempo de análise é de apenas oito segundos. De acordo com o gerente, a chance de alarme falso é de apenas 2%.

A tecnologia ITMS denominada Traço de detecção, é um espectrômetro à base de íons que captura e analisa gases e partículas microscópicas emitidos por substâncias orgânicas. Os resultados são coletados em superfícies secas ou gasosas. A sensibilidade é tanta que ele pode detectar até mesmo quantidades quase insignificantes de substâncias ilegais. Os instrumentos têm ainda uma constituição que permite reduzir a interferência de substâncias não alvo, garantindo uma operação mesmo em ambientes não muito limpos, pois exclui a poeira e a sujeira.

Os equipamentos serão operados por funcionários da Infraero e das companhias aéreas, sob coordenação e inspeção da Polícia Federal. A Infraero informou, por meio da assessoria de imprensa, que só comentará o assunto depois da fase de testes.

BIOMETRIA O grupo Safran, especializado em sistemas de defesa e segurança, sistemas biométricos, identificação e documentos on-line, está de olho em outros mercados no Brasil. Um deles é o banco de identificação por meio de impressões digitais em Minas Gerais. O outro é o controle biométrico e passaportes. A tecnologia implantada em aeroportos da Europa dispensa o controle feito pelos agentes aos passageiros que são originários do país.

O viajante põe o passaporte numa máquina e passa direto pelo portão de acesso. O que para o passageiro é uma forma bem mais simples, envolve, na verdade, uma tecnologia complexa. No computador dos agentes que permanecem nos guichês, ocorre uma comparação da foto do passaporte e da imagem capturada por microcâmeras instaladas no local, além de outras informações. Diante de qualquer divergência, a porta não abre e o passageiro deve se apresentar, imediatamente, às autoridades da imigração.

A Polícia Federal de Minas informou que o passaporte brasileiro já é considerado um dos mais seguros do mundo e conta com informações biométricas e biográficas do titular, de acordo com padrões da Organização da aviação Civil Internacional (ICAO, na sigla em inglês). O modelo está consolidado desde 2007. Mas, nos bastidores em Paris, as conversas com o governo brasileiro para adotar o sistema estão adiantadas.

Outro braço a ser desenvolvido por empresas de tecnologia de documentos é a carteira de identidade com chip, o RIC, que deverá contar com vários fornecedores. Os novos cartões estavam previstos para chegar às mãos dos brasileiros no fim do ano passado. O Ministério da Justiça informou que o processo está parado.
 (Estado de Minas - MG)

*A repórter viajou a convite do governo francês

BRACOLPER - Exército usa embarcações Guardian 25



Embarcação Tática de Grupo (Guardian 25) adquiridas pelo Exército Brasileiro em Operação nos rios da Amazônia 
O Comando da 16ª Brigada de Infantaria de Selva vem a público informar sobre o emprego das Embarcações GUARDIAN na OPERAÇÃO BRACOLPER, que iniciou-se no dia 23 de novembro, na região da tríplice fronteira entre BRASIL, COLÔMBIA E PERU.

A 16ª Brigada de Infantaria de Selva emprega as Embarcações GUARDIAN 25 na OPERAÇÃO BRACOLPER. Pela primeira vez, após a realização da experimentação doutrinária, o Comando Militar da Amazônia (CMA) disponibiliza as Embarcações GUARDIAN para serem empregadas em operações na região Amazônica.

As GUARDIAN 25 são embarcações táticas com vocação para emprego em ações de interceptação. Dotadas de dois motores Mercury de 200 Hp, podem atingir a velocidade de até 78 km/h, com autonomia de 4 horas de navegação. Além disso, possuem 02 reparos para metralhadoras 7,62mm e 01 reparo para metralhadora .50, podendo transportar até 12 militares.

Na OPERAÇÃO BRACOLPER, as GUARDIAN estão incrementando a capacidade de interceptação do Comando de Fronteira Solimões/8º Batalhão de Infantaria de Selva (CFSol/8º BIS) nos Postos de Bloqueio e Controle Fluviais (PBCFlu), contribuindo sobremaneira na segurança da Tríplice Fronteira.

A Operação BRACOLPER é uma operação combinada entre BRASIL, COLÔMBIA e PERU, onde cada país atua em sua área de responsabilidade, mas de forma coordenada, para combater os crimes transfronteriços e ambientais nos três países.
A GUARDIAN 25 – Macroprojeto de Embarcações
O Departamento de Engenharia e Construção, Gestor do Material Classe VI, atualmente, por intermédio de sua Assessoria 4, gerencia o Macroprojeto Embarcações.

Esse projeto objetiva modernizar os meios fluviais e estruturar o Sistema de Embarcações Fluviais do Exército Brasileiro, restabelecer a operacionalidade da tropa em Operações Fluviais e estabelecer a capacidade de atuar na defesa do território brasileiro em ambiente fluvial, principalmente nas regiões de fronteira. Para tanto, o DEC adquiriu 4 embarcações táticas GUARDIAN 25, que foram recebidas em Manaus no mês de agosto de 2011.

A GUARDIAN 25 é fabricada nos Estados Unidos da América pela Empresa BRUNSWICK COMMERCIAL GOVERNMENT PRODUCT, INC, com sede na cidade de EDGEWATER, FLÓRIDA, (EUA), e tem a capacidade de transportar 12 militares armados e equipados. Sua estrutura de combate permite, ainda, a instalação de 3 Metralhadoras MAG 7,62 mm e 1 Metralhadora .50 ou Lançador de Granadas 40 mm. A motorização dessa embarcação é feita por dois motores de popa da Marca e Modelo MERCURY OPTIMAX de 200 HP.

As embarcações GUARDIAN 25 foram distribuídas no Centro de Embarcações do Comando Militar da Amazônia (CECMA), onde realizarão a experimentação doutrinária, 1ª Fase do Macroprojeto Embarcações, e a habilitação de pilotos e mecânicos.


Na oportunidade, foi realizada uma demonstração empregando as Embarcações Táticas de Grupo (Guardian 25), recentemente adquiridas pelo Exército, em uma situação simulada de bloqueio fluvial. Ao final da demonstração, a comitiva percorreu uma exposição que continha todas as embarcações empregadas no evento.

"CECMA: tingindo de verde oliva os rios da amazônia. Selva!"

domingo, 25 de novembro de 2012

Operação Tucuruí


23ª Bda Inf Sl - Exercício de Adestramento Avançado em Operações de Defesa Externa - Operação Tucuruí
Instrução de Tiro de Fração Nível Grupo de Combate - Foto 23ª Bda Inf Sl








O Exército Brasileiro, por meio da 23ª Brigada de Infantaria de Selva (23ª Bda Inf Sl), sediada em Marabá-PA,  e subordinada à 8ª Divisão do Exército e ao Comando Militar da Amazônia (CMA), realizou no período de 04 a 11 de novembro Exercício de Adestramento Avançado em Operações de Defesa Externa - Operação Tucuruí.  A chamada “BRIGADA MARECHAL SOARES DE ANDREA", é pioneira entre as Brigadas de Selva do Exército Brasileiro, foi criada em 1976.


A manobra militar compreendeu a área de hidrelétrica de Tucuruí e os municípios do seu entorno:  Marabá, Itupiranga, Novo Repartimento e Tucuruí . Teve por objetivo preparar e treinar a tropa do Exército para defender a infraestrutura crítica dentro do conceito do Programa Proteger.

Na Operação Tucuruí foram  realizadas  várias Ação Cívico Social (ACISO),incluindo  apoio médico-odontológico às comunidades dos municípios envolvidos.

A  23ª Bda Inf Sl
 
Foram mobilizados na Operação Tucurui cerca de 1.000 militares, 60 viaturas, blindados e embarcações militares. Mobilizando  todas as unidades que compõem a 23ª Bda Inf Sl:
 
- 50º Batalhão de Infantaria de Selva (50º BIS) - Imperatriz  - Maranhão ( inclui parte do estado de Tocantins)
- 51º Batalhão de Infantaria de Selva (51º BIS) – Altamira – Pará;
- 52º Batalhão de Infantaria de Selva (52º BIS )  -  Marabá – Pará;
- 53º Batalhão de Infantaria de Selva (53º BIS) - Itaituba – Pará;
- 1º Grupo de Artilharia de Campanha de Selva (1º GAC Sl) – Marabá – Pará;
- 23º Batalhão Logístico de Selva – Marabá – Pará;
- 23º Esquadrão de Cavalaria de Selva – Tucuruí – Pará;
- 23ª Companhia de Comunicações de Selva – Marabá – Pará;
- Companhia de Comando da 23ª Brigada de Infantaria de Selva – Marabá – Pará;
- 33º Pelotão de Polícia do Exército – Marabá – Pará.

 
Com uma estrutura desse porte, esta Grande Unidade é considerada a mais completa Brigada de Selva da América Latina.
A Brigada tem sob sua responsabilidade uma área de aproximadamente 900 mil quilômetros quadrados (o equivalente a 11% do território nacional ou a região sudeste do Brasil), abrangendo parcela dos estados do Pará, do Maranhão e do Tocantins. Essa área, afastada dos grandes centros políticos e econômicos do País, compreende 101 municípios. Inclui também os grandes projetos hidrelétricos de Tucuruí e o futuro Belo Monte

Para avaliarmos a extensão,   cada viatura do 50º BIS  percorreu  ao término do exercício cerca de 1.200 quilômetros, sendo que desses a maioria foi no eixo da BR 230 - Rodovia Transamazônica.

O comandante da  23ª Bda Inf Sl é o  General-de-Brigada ESTEVAM CALS THEOPHILO GASPAR DE OLIVEIRA.


A Operação Tucuruí

As ações de grande porte desdobradas em toda a área de influência da área da hidrelétrica de Tucuruí traz a experiência das ações de 2007 quando a  represa foi invadida.

O risco tanto para as instalações da própria represa e seus equipamentos como potencial ao sistema de distribuição de energia elétrica interligado nacional foi marcante.

A característica da Operação Tucuruí  foi desde o seu próprio nome e o transcorrer das ações foi exatamente o foco nas ações de infiltração e exfiltração nas áreas da represa .

O  51º BIS operou recentemente no canteiro de obras da hidrelétrica de Belo Monte.

A importância da 23ª Bda Inf Sl e da Operação Tucuruí pode ser avaliada na visita, dia 31 de outubro,  do 2º Subchefe do Estado Maior do Exército, General-de-Brigada Roberto Jungthon.

Utah obriga policiais a carregarem câmeras acopladas ao corpo



Estamos ficando cada vez mais acostumados a ver câmeras em supermercados, estacionamentos e aeroportos. Mas uma unidade policial dos EUA foi além e tornou o uso do aparato obrigatório nos óculos, capacetes e bonés de seus agentes.
A ideia partiu da polícia de Salt Lake City, no Estado americano do Utah, segundo a qual os policiais poderão, a partir de agora, gravar qualquer interação com o público quando estiverem em ação.
Segundo o chefe de polícia local, os dispositivos são feitos de maneira a impedir os agentes de editar as imagens e, assim, assegurar a transparência das operações.

Transparência

Conhecidos como Axon Flex, essas ferramentas tecnológicas pertencem a uma empresa americana e são uma versão mais avançada dos sistemas de vídeo já utilizados por cerca de 274 departamentos policiais em todo o país.
"Todos os nossos agentes estão usando a câmera mais avançada diariamente", disse o comandante Scott Schubert, da Polícia de Pittsburgh.
Ao contrário das câmeras posicionadas na frente do carro, as câmeras instaladas nos capacetes e nos óculos acompanham o agente a todo instante e registram tudo o que ele vê.
"Eu acho que é um ótimo recurso, pois fornece transparência e ajuda a garantir a responsabilidade dos agentes e do público durante uma operação de rotina", disse Schubert.
"O dispositivo também fornece informações valiosas que podem contribuir para a solução de um crime, proteger oficiais de acusações falsas e ajudar a lidar com queixas envolvendo policiais", acrescentou.

Busca da verdade

Outra vantagem desses dispositivos, diz o capitão Erik Gieseke, da polícia de Burnsville, no Estado americano de Minnesota, é a conveniência.
Segundo Gieseke, sua unidade usa duas versões das câmeras desde 2010.
Ele explica que a mais antiga pode ser usada em uma faixa na cabeça ou nos bonés dos policiais, como um broche magnético. Já a mais avançada, acrescenta o capitão, também pode ser adaptada aos óculos.
"As câmeras permitem aos oficiais registrar os incidentes em que estão envolvidos, a fim de garantir a verdade, e também dar-lhes uma ferramenta para apoiar suas ações, para mostrar a série de dificuldades e desafios que enfrentamos", disse ele à BBC.
"É também uma ótima ferramenta para documentar provas na cena do crime, exatamente como vimos quando chegamos ao local.", acrescentou.
Como outros dados recolhidos pela polícia, a população também pode acessar as imagens, se necessário.
Segundo o fabricante, as mesmas câmeras também estão sendo testadas na Austrália e na Nova Zelândia.
No Reino Unido, a polícia também vem testando tecnologias similares.
Desde 2010, a polícia de Grampian, em Aberdeen, na Escócia, usa as chamadas "câmeras de corpo", instaladas em capacetes e coletes dos agentes.
Eles explicaram que, em uma determinada ocasião, houve um incidente em que a tecnologia foi usada para convencer uma mulher de que seu amigo não tinha sido agredido pela polícia.

Ameaça à Privacidade

A Associação dos Delegados de Polícia no Reino Unido (ACPO, na sigla em inglês) não sabe dizer quantas câmeras desse tipo estão instaladas no Reino Unido, mas Nick Pickles, diretor do grupo ativista Big Brother Watch, demonstra preocupação com a proliferação de tais aparatos tecnológicos.
"Estamos vendo a guarda de trânsito e as autoridades da cidade usando cada vez tais tecnologia. É triste que hoje praticamente todo o mundo seja visto como um suspeito em potencial", disse ele.
"Esta é uma ferramenta unilateral. Como os agentes da polícia reagiriam se fosse rotineiramente filmados?", questionou.

SNIPER - Novo Recorde de Distância 2.815m



Sniper australiano em operação no Afeganistão.

Uma equipe de snipers das forças especiais australianas utilizou dois fuzis Barret modelo M82 A1 em calibre 12,7x99mm OTAN (.50 BMG) para abater um comandante Taleban à distância de 2,815 metros, estabelecendo um novo recorde mundial.


O feito ocorreu na província de Helmand onde a equipe de snipers do 2º Regimento de Comandos (2nd Commando Regiment) operava. Durante as operações a equipe observou o deslocamento do que parecia uma fração de guerrilheiros Talebans através de suas lunetas de espotagem. Após a confirmação de que tais alvos eram de fato inimigos e do recebimento de autorização para o engajamento, a equipe procurou identificar o alvo de maior valor no grupo, rapidamente individualizando aquele que seria o comandante da fração. Ao preparar o disparo e confirmar por meio de todos os instrumentos disponíveis que o alvo se encontrava à distância de 2.815 m, optaram por efetuar o disparo simultâneo de dois fuzis Barret .50 para aumentar as chances de acerto.

Ambos os snipers acionaram os gatilhos de seus fuzis Barret M82 A1 simultaneamente, lançando os dois projéteis de 47 gramas num vôo que durou seis segundos até que um deles atingiu o alvo, neutralizando-o imediatamente. Como foi utilizada a técnica do disparo simultâneo, não foi possível determinar qual dos snipers atingiu o alvo, sendo apenas certo que um novo recorde de acerto a longa distância foi estabelecido: pouco menos de 3 quilômetros. A esta distância os demais guerrilheiros Talebans não foram capazes nem mesmo de ouvir o disparo.

O recorde anterior pertencia ao sniper inglês Craig Harrison, que utilizando seu fuzil L115 A3 (Accuracy International AWM) no calibre .338 Lapua Magnum (8,6x70mm), foi capaz de abater a guarnição de uma metralhadora de emprego geral PKM, composta por dois guerrilheiros Taleban,  a 2.475 metros de distância. O novo recorde, 340 metros maior, permanece anônimo

Doutrina de GLO do Exército Brasileiro é Adotada pelo US ARMY



Doutrina das Operações GLO (Garantia da Lei e da Ordem), do Exército Brasileiro são incorporadas pelo US Army.




Capa do Army Tactics, Techniques, and Procedures, ATTP 3-39.10 (FM 19-10) LAW AND ORDER OPERATIONS incorpora os ensinamentos das Operações do Iraque e Afeganistão. Incorpora a Doutrina GLO do Exército Brasileiro
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Há anos que as Forças Armadas, especialmente o Exército Brasileiro, vem desenvolvendo e aperfeiçoando a doutrina que prevê o emprego da tropa terrestre em ações tipicamente de polícia, utilizando-se da expressão “Garantia da Lei e da Ordem” ou GLO, regulada pela Lei Complementar nº 97/1999 , consoante  com o art. 142  da Constituição Federal.

Em 2004, por ocasião do início da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti(MINUSTAH), os militares perceberam que possuíam a rara oportunidade de desenvolvê-la no conturbado cenário daquele país, o qual encontrava-se em um estado de beligerância, com elevados índices de violência e criminalidade.


Naquele teatro de operações urbano, concluiu-se que para frear a violência não bastavam apenas ações de patrulha periféricas e esporádicas. Era necessário estabelecer-se no interior das zonas conflagradas para garantir e manter um estado de segurança permanente para a população, desestimulando a prática de novas ações delituosas.

Anos mais tarde, seria aplicada nos episódios da chamada Guerra do Rio, em 2010, (Operação Arcanjo), onde , por  meio de ações de polícia,  foram ocupadas importantes regiões conflagradas, como as do complexo do Alemão e da Penha, onde facções do tráfico mantinham as comunidades reféns pelo medo e intimidação, obtendo  excelentes resultados.

O US Army publicou, em Janeiro de 1945, o Manual FM19-10 -Military Police in Towns and Cities. Uma clara necessidade da Segunda Guerra Mundial para como tratar e operar no policiamento nas cidades ocupadas naquele conflito, em especial  nos países que seriam ocupados (Alemanha, Japão e Itália). Este manual foi atualizado várias vezes. O novo Army Tactics, Techniques, and Procedures, ATTP 3-39.10 (FM 19-10) LAW AND ORDER OPERATIONS incorpora os ensinamentos das Operações do Iraque e Afeganistão.

Foi lançado em junho de 2011, e se assemelha, em linhas gerais, aos conceitos empregados pelas Forças Armadas Brasileiras. Com a denominação de operações de espectro total (Full Spectrum Operations), sua atualização se deu, especialmente, pelas experiências obtidas no Iraque e Afeganistão, onde foi constatado que para atingir  êxito em  grandes operações bélicas, além do combate tradicional, tornava-se necessário ações simultâneas para criar ambientes seguros, especialmente para as populações, com o objetivo de  manter a  estabilidade do local  e  garantir  o retorno  às  atividades do cotidiano.

 
“L&O operations support all elements of full spectrum operations (offensive, defensive, and stability or civil support operations). This manual emphasizes policing capabilities necessary to establish order and subsequent law enforcement (LE) operations that enable successful establishment, maintenance, or restoration of the rule of law.”  ATTP 3-39.10
Uma meta difícil de ser alcançada, uma vez que atores não estatais formados por insurgentes, terroristas, gangues e criminosos aproveitavam-se da situação de instabilidade e do desmantelamento do aparelho estatal de segurança desencadeando pequenos conflitos, de ordem interna, com características de  assimetria.
Assim, pela relevância do contexto, o US ARMY tem se reestruturado tanto no aspecto operacional como organizacional, sendo criado um Regimento de Polícia Militar, especializado em atividades de policiamento ostensivo, cujas missões estão integradas a ações de inteligência, no sentido do levantamento de informações sobre a criminalidade, características e  capacidade de atuação.  

Em ambos os modelos, trata-se de uma ação esporádica, temporal e transitória, até que se atinja  novamente um estado de normalidade, onde, então, as forças de segurança passam a desempenhar  sua  missão legal.

No Brasil, esta doutrina  é ainda  um  terreno delicado para quem as executa e, embora bem sucedida, tem levantado grandes polêmicas e alimentado as mais diversas teorias. Dentre estas, a do caráter belicista que o Governo Federal supostamente vem impondo à segurança pública, uma visão compreensível, mas parte de uma realidade completamente dissociada da que vivemos na atualidade.

Sem mencionar explicitamente o  ATTP 3-39.10 incorpora os conceitos do Capitulo VI da Carta das Nações Unidas, Operações de Manutenção de Paz e o Capítulo VII, Imposição de Paz. Diferenciando bem a necessidade de operar dentro do Capítulo VI.
“Military police and other elements conducting policing functions must avoid any appearance of ethnicity, religious or political affiliation, and personal bias at all times. Failure in this effort can cause a loss of public support and can lead to confrontation or reprisal. Military police and other police personnel must maintain a professional appearance and demeanor. They must deal with the public in a firm and impartial manner that leads to the effective resolution of problems, conditions, or incidents within the AO. Maintaining a professional police image is critical to legitimacy in the eyes of the public and other policing organizations.” ATTP 3-39.10 Cap 2 Página 2-2
No início das operações da MINUSTAH as tropas brasileiras foram muito criticadas na imprensa brasileira por agirem muito soft.

GLO - Porquê o Exército está preparando a Brigada GLO


Brigada GLO ( Garantia da Lei e da Ordem) Como e porquê a Força Terrestre está se preparando para cumprir mais uma tarefa
Brigada GLO
( Garantia da Lei e da Ordem)
Como e porquê a Força Terrestre está se
preparando para cumprir mais uma tarefa
Edição 104 Tecnologia & Defesa

Já há alguns anos, tem sido bastante comum a convocação de tropas do Exército Brasileiro para desempenhar ações que, pelo menos em aprincípio ou de um ponto de vista mais simplista, inclusive para aqueles que desconhecem a Constituição Federal, não seria de sua atribuição. Assim tem sido durante movimentos grevistas de organizações policiais em diversos Estados, em operações que visam o restabele-cimento do poder oficial frente à enorme ousadia do chamado crime organizado (hoje, uma verdadeira ameaça à própria soberania nacional), em situações de graves perturbações que podem colocar em risco as instituições e outras mais.

Dessa forma, o Alto-Comando do Exército decidiu, dentro de um contexto ainda mais amplo, pela especialização de uma de suas grandes unidades para atuar, quando necessário e determinado pelas autoridades competentes, nessas ocasiões excepcionais. Para entender e mostrar, corretamente, a missão e o funcionamento dessa tropa, Tecnologia & Defesa procurou o Centro de Comunicação Social do Exército (CeComSEx), em Brasília (DF), o qual prestou os esclarecimentos a seguir publicados.

Tecnologia & Defesa - O quê levou o Exército a tomar a iniciativa de criação de uma Brigada com as características de emprego em missões de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)?
CeComSEx -
 A vocação prioritária de emprego do Exército Brasileiro é na defesa da pátria, situação que exige organização própria, estrutura com equipamentos de grande poder letal e adestramento voltado para a guerra. No entanto, a Força Terrestre não deve descurar das demais missões legais, incluindo as de garantia da lei e da ordem. Assim, o Exército deve estar preparado para ser empregado em todas as missões previstas nos dispositivos legais. Nas ações de GLO, o emprego do Exército dar-se-á por determinação expressa e exclusiva do presidente da República, conforme a lei.
Para o emprego na GLO, o preparo da tropa deve considerar a busca de solução pacífica das discórdias; a utilização dos meios militares adequados à proteção da tropa, das pessoas e do patrimônio; e a necessidade de treinamento especial. Empregar tropas com maior aptidão para as ações de GLO evita que outras tropas, como, por exemplo, as Brigadas de Infantaria Pára-quedista e de Infantaria Leve Aeromóvel (cujos custos de adestramento é mais elevado e que são dotadas com armamento de guerra, de grande letalidade), sejam empregadas. Objetivando uma melhor aplicação dos recursos orçamentários, o Exército implantou um Programa de Excelência Gerencial (PEG) que, dentre as várias ações indicadas, sugeriu a necessidade de redução de custeio. Dessa forma, com vistas à racionalização da Logística, pela maior disponibilidade de campos de instrução para o adestramento de tropas blindadas e conforme prevê a Concepção Estratégica do Exército, as Brigadas Blindadas foram concentradas na região sul, onde já se encontravam sediadas a maior parte das forças blindadas, visando ao emprego judicioso dos meios operacionais da Força Terrestre. Com a transferência dos blindados para o Comando Militar do Sul, a 11ª Brigada de Infantaria Blindada, de Campinas (SP), foi transformada em Brigada Leve, sendo-lhe atribuída a missão complementar de garantia da lei e da ordem, com vistas a atender, em melhores condições, a essa servidão imposta pela Constituição Federal.

T&D - Como será o perfil e o treinamento dessa "nova" unidade?
CeComSEx
 - A 11ª Brigada de Infantaria Leve (11ª Bda Inf L) continua, dentro do escopo da Concepção Estratégica do Exército, vocacionada para o emprego estratégico na defesa da pátria. Justamente por isso, ao ser transformada em "leve", incorpora características operacionais que lhe permite condições ideais para se deslocar, com rapidez e oportunidade, para qualquer área estratégica do território nacional. No entanto, como atividade complementar, passa a ter o preparo voltado, também, para o emprego em ações de GLO. O treinamento da Brigada continuará obedecendo ao Programa de Instrução Militar determinado pelo Comando de Operações Terrestres. Todas as unidades operacionais da Força Terrestre, no programa de instrução anual, têm matérias voltadas para a ca-pacitação ao emprego em missões de GLO. No caso específico da 11ª Bda Inf L, deverá haver intensificação do treinamento com esse foco.

T&D - Quantas unidades do tipo pretende-se criar?
CeComSEx -
 a 11ª Bda Inf L é fruto da transformação de uma unidade blindada em infantaria leve. As unidades que a integravam em Santos, Campinas, Lins e Pirassununga (todas no Estado de São Paulo) continuarão a existir, agora com outros equipamentos e adestramento específico. Não haverá acréscimo de organizações militares, mas sim, a transformação das suas estruturas.

T&D - Os integrantes dessa Brigada serão profissionais ou haverá também a participação de conscritos?
CeComSEx - 
A Bda Inf L de Campinas continuará sendo integrada por militares profissionais e por conscritos, conforme a distribuição do Quadro de Cargos previstos pelo Estado-Maior do Exército. A formação de reservistas continuará a ser conduzida da mesma forma com vem sendo, desde a criação da Brigada.

T&D - Poderão ser adotados equipamentos (armas) não letais?
CeComSEx -
 Na transformação da 11ª Bda Inf L-GLO, os aspectos "adestramento" e "equipamento" foram considerados relevantes. Assim, a nova organização deverá dispor de meios mais leves e instrução específicos, incluindo, obviamente, equipamentos não letais.

T&D - A existência de uma Força Nacional de Segurança Pública, ainda assim justifica essa decisão do Exército?
CeComSEx - 
Em conformidade com os preceitos legais (especificamente os previstos na Constituição Federal e na Lei Complementar 97/99, alterada pela Lei Complementar 117/04), que, em síntese, expressam as imposições da sociedade, o Exército deve estar preparado para o cumprimento de suas missões. Assim, a decisão de dispor de uma tropa vo-cacionada, também, para as ações de GLO, deveu-se, dentre outros aspectos, à necessidade de se ter tropas mais aptas para tais fins. Além disto, evita-se que outros efetivos que têm um custo de adestramento mais elevado sejam empregados, uma vez que não são os mais adequados para esse tipo de missão.

T&D - Especificamente, como está acontecendo a transformação da unidade escolhida? Quais as sub-unidades que perdeu e/ou quais incorporou?
CeComSEx - 
Como forma de racionalizar recursos orçamentários, a transformação em questão está sendo realizada com a adequação da instrução e, dentro do possível, de equipamentos, uma vez que a natureza da tropa permanece sendo de Infantaria, tanto no que se refere aos efetivos quanto em sua estrutura organizacional. Contudo, com o objetivo de pesquisar, desenvolver e consolidar a doutrina, bem como avaliar o adestramento, está sendo implantado, a partir do corrente ano, um Centro de Instrução de Operações de Garantia da Lei e da Ordem, inicialmente na cidade de Pirassununga e, posteriormente, o será em Campinas, quando da conclusão das novas instalações.

As Armadilhas das Operações GLO



André Luís Woloszyn
Analista de Assuntos Estratégicos


O emprego das Forças Armadas, especialmente do Exército, em operações policiais em diversos estados tem sido sistemáticas, a partir da experiência positiva adquirida nas favelas do Rio de Janeiro, contra organizações criminosas envolvidas com o narcotráfico. Esta ação, denominada Garantia da Lei e da Ordem (GLO), com previsão constitucional, provavelmente contribuiu para mantê-la como instituição mais confiável para 49,6% dos brasileiros, segundo recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), no chamado Sistema de Indicadores de Percepção Social. Ainda, sob a influência deste sucesso, constatou-se uma mudança na percepção da opinião pública brasileira, materializada no resultado de 58,1% da amostra que entende como papel  mais importante das Forças Armadas o combate à criminalidade em conjunto com as polícias estaduais. O restabelecimento da paz pública nos estados do Ceará e da Bahia, quando da greve das polícias militares daqueles estados deverá aumentar os índices desta percepção.

Inobstante, a conjuntura que envolve a área da segurança pública no país, de maneira geral, mostra-se frágil e com graves problemas estruturais que se arrastam por décadas e que são temporariamente minimizados pelas autoridades com ações paliativas e pontuais. Para  muitos gestores governamentais, ainda persiste a visão de que segurança é feita exclusivamente com a presença ostensiva da polícia nas ruas ou mediante ações policiais sistemáticas, que na verdade, são apenas um item dentre um conjunto de políticas  públicas complementares que deveriam ser instituídas com a finalidade de reduzir a desigualdade social, promover empregos, educação e saúde minimizando os impactos desta criminalidade na população. Assim, aumenta-se o efetivo das polícias, paga-se um salário aviltante com parcos investimentos na infra-estrutura, no treinamento de recursos humanos e em tecnologia, com expectativas de que estas instituições realizem milagres enquanto o essencial é porstergado.

O resultado desta visão cultural não poderia ser outro. O esgotamento de todo um sistema que já não consegue atender as necessidades básicas da população no que se refere a promoção da paz pública e da incolumidade física dos cidadãos, não apenas nas periferias mas agora também nos grandes centros urbanos. E neste contexto, ocorrem parcela significativa dos problemas atuais afetos a segurança como os constantes abusos aos direitos humanos, o aumento considerável na taxa de homicídios que atinge 50 mil/ano, recrudescimento da violência e da criminalidade, rebeliões em presídios, ações policiais catastróficas e as recentes greves em algumas das polícias militares por melhores salários, uma história  que se repete  desde 1997 com  prejuízos irreparáveis a estas Instituições e flagrante desrespeito constitucional pela maneira como estão sendo operacionalizadas.

Quanto a aprovação da PEC 300, que fixa um piso nacional entre outras vantagens, outro  objetivo das  recentes greve, existem diversas correntes, uma que entende não ser matéria que a União possa legislar uma vez que as polícias militares são competência de cada estado federativo, regidas por Leis e Decretos estaduais. E mesmo que seja votada no Congresso, a exemplo do piso nacional dos professores, além da necessidade de regulamentação estadual, os estados poderão alegar não possuírem  recursos  para tal  pagamento, voltando-se ao ponto de partida, o que provavelmente ocorrerá.

Nesta perspectiva, torna-se evidente que todo este sistema, embora alguns avanços, necessita urgentemente de uma  reengenharia, de uma nova visão gerencial e policial que permita  acompanhar o dinamismo da criminalidade e as crescentes ameaças surgidas das diferentes e globalizadas relações sociais. Este pensamento é compartilhado por segmentos significativos da sociedade brasileira medidos por meio de dezenas de pesquisas de opinião realizadas por diferentes e respeitados órgãos  nos últimos anos com conclusões científicas.

Não  é aceitável  que em um  país que detém  a sexta economia mundial e encontre-se em franco desenvolvimento,  apresente tamanho grau de vulnerabilidade  interna, facilitada pela ausência de  políticas  públicas e investimentos, pelo caos no sistema carcerário e por uma legislação penal arcaica de 1940, transformando cidadãos  em reféns pela restrição  à liberdade de locomoção e  acesso aos  espaços comunitários. Mantido o status atual, lamentavelmente, os eventuais sucessos conquistados na área da segurança pública no país podem ser apenas aparentes e  tendem a se transformar, com o tempo, em  tormentosos fracassos, alimentando a fome insaciável deste sistema arcaico por novas e midiáticas ações,  igualmente paliativas. Assim, a chamada GLO pode se transformar em uma armadilha onde as Instituições que a operacionalizam tendem a perder gradativamente  a mística, entre outros valores.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Operação conjunta das Forças Armadas mobilizará mais de 10 mil militares



A partir de 19 de novembro, Marinha, Exército e Aeronáutica mobilizarão um efetivo de mais de 10 mil militares das regiões Sul e Sudeste para a Operação Conjunta Atlântico III. Do Comando Militar do Sul, participará o efetivo de mais de cinco mil homens.

A Atlântico III é resultado do planejamento promovido pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e visa, fundamentalmente, à preparação para a proteção dos recursos do mar e das estruturas estratégicas do Brasil. Além das atividades essencialmente militares, serão realizadas Ações Cívico-Sociais (ACISO) na área de exercício.

A população local receberá instruções de primeiros socorros e higiene e será beneficiada com atendimentos médicos e odontológicos. A Operação empregará recursos e equipamentos modernos e de alta tecnologia. Serão utilizados dois navios escolta, dois navios de apoio, dois submarinos, três navios-patrulha e seis helicópteros da Marinha do Brasil.

O Exército participará com duas aeronaves HA-1 (Esquilo), uma seção de Artilharia Antiaérea, 96 viaturas leves, 101 viaturas de transporte, nove viaturas blindadas e nove ambulâncias. A Força Aérea Brasileira disponibilizará quatro aeronaves de ataque, cinco aeronaves de patrulha, cinco aeronaves de transporte e um helicóptero. A Operação Atlântico III acontece até o dia 30 de novembro.

PCC - Infiltra criminosos em curso de explosivos



Investigação da PF e do Exército aponta que PCC busca "aumentar sua eficácia" em roubos a caixas eletrônicos Para a polícia, falta de controle em pedreiras permite a inscrição de qualquer pessoa em cursos feitos em SP
O PCC (Primeiro Comando da Capital) infiltrou integrantes em cursos que ensinam a manusear explosivos, realizados em pedreiras do Estado de São Paulo. A informação consta de investigações da Polícia Federal e do setor de inteligência do Exército.
Os documentos, sigilosos, informam que o objetivo da facção é aumentar a eficácia de suas ações em explosões de caixas eletrônicos.

Suspeita-se, no entanto, que a técnica também possa ser usada pelos criminosos para atacar policiais.

O treinamento para o uso de explosivos pode estar sendo feito por membros do PCC há, pelo menos, quatro anos.

HISTÓRICO

A Polícia Civil de São Paulo chegou a investigar, em 2008, essa prática da facção.

A apuração parou porque, na época, os policiais não tinham o acesso ao sistema que permite a pesquisa sobre os sócios das empresas que ministram os cursos -chamados de "blasters" ou de "cabo de fogo".

A equipe de policiais produziu, então, um documento e encaminhou à Secretaria da Segurança Pública do governo de São Paulo.

O relatório mostra que de 145 inscritos nos cursos de manipulação de explosivos em pedreiras 13 tinham ficha na polícia por tráfico de drogas e por roubo.

A Polícia Federal retomou o levantamento e trocou informações com o Exército.

ROUBOS

A preocupação cresceu com os constantes roubos de explosivos no Estado.

Neste ano, pouco mais de uma tonelada de dinamite foi levada por assaltantes em São Paulo.

Não há notícias de que esses explosivos tenham sido recuperados.

Em 2010, mais uma tonelada foi roubada, além de 11 quilômetros de pavio e 568 espoletas, responsáveis por acionar a detonação da dinamite em gel.

A suspeita é de que os explosivos estejam sendo enviados também para outros Estados do país.

Nos cursos, os criminosos se aproveitariam da falta de controle das pedreiras que permitem a inscrição de qualquer pessoa.

FALTA DE CONTROLE

Das 160 pedreiras que existem em São Paulo, só metade segue uma série de determinações do Exército.

Entre as exigências estão o controle sobre quem são os alunos que se inscrevem.

"Temos um controle sobre nossos associados, mas há outras pedreiras, menores, que podem não estar seguindo essas regras de segurança. Aí, a gente não pode fazer muita coisa", afirmou Osni de Mello, assessor técnico do Sindipedras (Sindicato de Indústria de Mineração e Pedra Britada de São Paulo).

Oficialmente, a Comunicação Social da Região Militar, responsável pelo Estado de São Paulo, informou não possuir informação de que o PCC infiltre pessoas em cursos de explosivos em pedreiras.

Declarou ainda que a Polícia Federal levanta a ficha criminal das pessoas inscritas nestes cursos.

A Polícia Federal não comentou o assunto.

SUL DE MINAS

Analistas da PF investigam o ataque ao Batalhão da Polícia Militar, na semana passada, em Campo Belo, sul de Minas Gerais.

As informações indicam que a facção recrutou jovens para atacar a PM.

Vários carros de policiais, estacionados no pátio do batalhão, foram atingidos.

A Polícia Militar de Minas Gerais se referiu à ação em Campo Belo como "ataque do tráfico", mas não citou o Primeiro Comando da Capital.

ABIN - Como funciona o Serviço Secreto Brasileiro



Raio X da atuação da Abin feito por ISTOÉ revela que o serviço de inteligência vive seu ápice desde a redemocratização. Hoje a agência monitora simultaneamente cerca de 700 alvos diferentes. De movimentos grevistas até a organização de grandes eventos

Em meados de julho, no auge da greve dos servidores públicos federais, a presidenta Dilma Rousseff recebeu das mãos do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Elito Siqueira, uma pasta de papel pardo com tarja vermelha onde se lia “urgente”. Dentro dela, um relatório sintético elaborado por espiões infiltrados nos movimentos grevistas traçava uma análise da situação no País e antecipava a tendência de enfraquecimento da greve. Depois da leitura do informe, Dilma pegou o telefone e avisou aos ministros Guido Mantega (Fazenda) e Miriam Belchior (Planejamento) que o governo não cederia aos protestos. O episódio, mantido em sigilo até agora, dá pistas de como funciona hoje o serviço secreto brasileiro.

O relatório que fundamentou a decisão de Dilma foi elaborado pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). A informação que chegou à presidenta foi precisa porque havia agentes da ABIN infiltrados no movimento grevista. Entre as classes que espalharam o caos naqueles meses, curiosamente estavam entidades sindicais da própria agência de inteligência, cujos agentes se aproveitaram da circunstância para participar de assembleias e reuniões sem levantar suspeitas.

Infiltrações como essas se tornaram cada vez mais frequentes nos últimos anos. As greves e os movimentos sociais entraram definitivamente no rol de ameaças à segurança nacional. Um raio X da atuação da ABIN, feito por ISTOÉ, revela que, após seguidas crises, o serviço de inteligência vive seu auge desde a redemocratização. Em apenas quatro anos, o orçamento da agência mais que dobrou, saltando de R$ 220 milhões em 2008 para R$ 527 milhões em 2012, com efeito direto no número de ações País afora. Hoje a agência monitora simultaneamente cerca de 700 cenários diferentes, do garimpo na fronteira a invasões de terra, transportes e organização de grandes eventos.

Desde o ano passado, a ABIN acompanha as obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Em agosto, um relatório de acompanhamento foi enviado pelo GSI ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O documento alertava para problemas de acessibilidade em centros esportivos e o risco de incidentes com a aglomeração de pessoas.

Em outra ação preventiva, a ABIN reportou ao GSI a crescente tensão entre trabalhadores e empreiteiros nos canteiros de obras da hidrelétrica de Belo Monte (PA). O informe foi produzido por um agente externo, um general reformado que atua como consultor e recebe cerca de R$ 20 mil mensais – colaboradores estrangeiros ganham essa quantia em dólares. O informante constatou que “as condições precárias de alojamento e trabalho” poderiam deflagrar um conflito com impacto no andamento da construção e repercussão negativa na mídia. O Palácio do Planalto demorou para agir e os operários atearam fogo nas instalações.

Em outro episódio recente, mas no âmbito internacional, a ABIN antecipou à Presidência o risco de que o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, perdesse o cargo. Um relatório especial de inteligência, elaborado por um agente encoberto em Assunção, apontava que o processo de impeachment contra Lugo seria aberto, porque ele já não tinha apoio no Congresso.

Na semana anterior, o tema havia sido alvo de outro tipo de informe, mais sintético, apelidado no GSI de “mosaico”. Trata-se de uma página com tópicos e uma escala de cores para cada tema, indicando o nível de gravidade, do amarelo ao vermelho. É com esse papel em mãos que o general Elito despacha diariamente com Dilma, que o recebe na garagem do Planalto por volta das 8h30, e os dois sobem juntos pelo elevador. Ela faz uma leitura dinâmica e raramente comenta algo.

Apesar do bom momento da ABIN, nem tudo funciona como deveria. O órgão ainda gasta quase 90% de seu orçamento com pessoal, investe pouco em tecnologia, gasta tempo em burocracia, perseguições internas e ainda protagoniza trapalhadas. A mais recente foi a prisão do técnico de informática Willlian T.N., acusado de capturar senhas de acesso de 238 funcionários.

Preso pela Polícia Federal o jovem foi readmitido uma semana depois e passa o dia sob vigilância numa sala sem computador. Descobriu-se que ele estava a serviço de um dos diretores da própria ABIN.

FORÇA DE DEFESA

FORÇA DE DEFESA

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Tropas de Desembarque Aéreo da Rússia utilizarão fuzis austríacos

As divisões especiais das Tropas de Desembarque Aéreo da Rússia irão utilizar fuzis, produzidos pela companhia austríaca Steyr Mannlicher.

Os fuzis do sistema Mannlicher são a primeira arma da produção estrangeira, utilizada nas TDA. Armas de fogo austríacas começaram a ser compradas a partir do final do ano 2010.

Os fornecimentos de novos fuzis para as divisões especiais das TDA continuarão a ser efetuados no futuro

CMSE - 2ª DE treina em Ambiente Assimétrico

A 2ª DE realizou, no período de 29 OUTa 06 NOV, o Exercício Agulhas Negras, denominado Operação PARAIBUNA. Foram incluídos vários cenários empregados em Operações Assimétricas.





Militares simulam procedimentos de descontaminação, na cidade de São Luiz do Paraitinga. Desde o dia 29 de outubro, militares realizam em oito cidades do Vale do Paraíba, interior de São Paulo, o Exercício Agulhas Negras. Trata-se de uma simulação de
 
A 2ª Divisão de Exército realizou, no período de 29 de outubro a 06 de novembro, o Exercício Agulhas Negras, desta vez denominado Operação PARAIBUNA. Este Exercício está sendo realizado na região compreendida pelos municípios de Caçapava, Taubaté, Jambeiro, Natividade da Serra, Paraibuna, Redenção da Serra, São Luiz do Paraitinga e Tremembé, todos situados no Estado de São Paulo.
 
Estão sendo empregados, aproximadamente, 4.000 militares do Exército Brasileiro, de diversos Comandos de Organizações Militares sediadas no Estado de São Paulo e de outros Estados. Estas ações de adestramento têm por objetivo desenvolver a capacitação operacional da tropa, testar os equipamentos, colocar em prova os ensinamentos aprendidos no ano de instrução e exercitar as ações de comando e liderança dos comandantes em todos os níveis.

Para o ano em curso, o tema selecionado abordará os Conflitos Assimétricos, no qual se desenvolvem diversos tipos de Operações, incluindo as Operações Humanitárias e as Operações denominadas Interagências. Nesse contexto, o Exercício visará desenvolver capacidades para atuar em cenários contemporâneos complexos, envolvendo conflitos armados ou não, buscando proteger populações civis envolvidas, bem como neutralizar as ações das forças oponentes.

 

O Exercício contará ainda com as participações de representantes da Cruz Vermelha; Defesa Civil; Órgãos de Comunicação e Jornalismo e de Universitários, com intuito de reforçar os fundamentos e praticar a implantação dos modelos de funcionamento das Operações Interagências.

O Comando Militar do sudeste é considerado a “Pronta Resposta Estratégica do Exército Brasileiro. Assim incorpora os BIL (Batalhões de  Infantaria Leve) e principalmente as unidades da Aviação do Exército.

Consultoria em game rende punição a soldados dos EUA

A squad of U.S. Navy SEALs participate in special operations urban combat training.

Sete integrantes de uma tropa de elite do Exército americano, integrantes da Navy Seals, entre eles um dos participantes da missão que matou Osama Bin Laden, foram punidos por terem revelados informações confidenciais.
A acusação de que eles cometeram uma brecha de segurança teria ocorrido quando os militares atuaram como consultores remunderados de um video game que reproduz uma série de operações militares.
Os soldados receberam uma repreensão por escrito e tiveram seu pagamento descontado por dois meses.

O acrônimo SEAL significa Mar, Ar e Terra (Sea, Air, and Land), que identifica os elementos onde operam. Os SEALs trabalham em pequenas unidades - freqüentemente um a dois homens, mas algumas vezes em pelotões de até 16 homens. São treinados para realizar tarefas específicas sob qualquer tipo de circunstância e em qualquer ambiente. Seu treinamento ocorre no deserto, na selva, em clima extremamente quente e frio e em áreas urbanas.

Fuzileiros Navais realizaram treinamento de desembarque ribeirinho durante AMAZÔNIA 2012

O Desembarque Ribeirinho para a simulação de reconquista de um território é uma das ações programadas da Operação “Amazônia 2012”. Durante a primeira semana de operação, entre os dias de 17 a 28 de setembro, a atividade vem sendo treinada pelos Fuzileiros Navais.

Por meio de Lanchas de Ação Rápida, os fuzileiros navais são transportados até as margens dos rios, onde realizam de forma simulada a reconquista de um território de posse do inimigo. No dia 26 de setembro, essa ação ocorreu conjuntamente com a Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira, em Paricatuba (AM), com a presença do Ministro da Defesa, Embaixador Celso Amorim.

De acordo com o Comandante da Força Naval Componente, Vice-Almirante Antonio Carlos Frade Carneiro, o momento do exercício conjunto foi o de maior integração da operação e trouxe uma novidade. “Recebemos um Batalhão de Infantaria de Selva, do Exército Brasileiro, que fez a substituição dos fuzileiros navais após o desembarque e retomada do território. A atuação se revestiu de uma característica que entende completamente a atuação conjunta. Estaremos trabalhando com a Marinha com elementos fora da nossa área de operação, com o Exército, trabalhando em conjunto, e com o apoio aéreo da Força Aérea, tanto para trazer reforços quanto com o apoio de fogo na nossa área de desembarque. Esse foi o elemento mais complexo de coordenação de uma Operação Conjunta”, explicou o V Alte Frade.

Segundo o Comandante do Batalhão de Operações Ribeirinhas, Capitão-de-Fragata Paulo Tinoco, cerca de 400 fuzileiros navais participam da operação. “Recebemos um reforço do Grupamento de Fuzileiros Navais do Comando do 4º Distrito Naval. Estamos embarcados nos meios da Flotilha da Marinha e em embarcações regionais, que estão sendo escoltadas pelos Navios-Patrulha. Além do Desembarque Ribeirinho, realizamos apoio no deslocamento da Força-Tarefa Ribeirinha e no Controle de Hidrovias, acompanhando as inspeções às embarcações que navegam pela região”.

A atuação integrada das três Forças Armadas é o principal propósito da Operação “Amazônia 2012”. Como em um verdadeiro combate, durante duas semanas, Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira operam conjuntamente, colocando em prática, por meio de uma doutrina única, ações que normalmente realizam separadamente

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

TECNOBIT - Apresenta sua linha de simuladores em Brasília


A TECNOBIT recebe a visita do Comandante do Exército Brasileiro durante a 2ª edição do WSTM em Brasília Foto - Tecnobit

•  Uma das soluções apresentadas pela companhia é o Simulador de Combate Individual, um equipamento sem fio que oferece realismo e precisão ao treinamento de soldados

•  O evento acontece até o dia 08 de Novembro, em Brasília no QG do Exército,  e tem como objetivo alinhar a estratégia nacional de Defesa aos novos métodos de treinamento e inovação do mercado

Brasília, 7 de novembro de 2012 - A TECNOBIT, multinacional espanhola que constrói equipamentos e sistemas avançados, com uma forte base em eletrônica, para a Indústria da Defesa e Segurança, recebeu ontem a visita do Comandante do Exército Brasileiro, o General Enzo Martins Peri, no primeiro dia do Workshop de Simulação e Tecnologia Militar (WSTM), que acontece no Quartel General do Exército em Brasília até amanhã. Entre as soluções de Simulação apresentadas pela TECNOBIT, o General teve a oportunidade de conhecer o Simulador de Combate Individual, uma plataforma que permite registrar, com fiabilidade e precisão, a situação de cada soldado durante o exercício de adestramento, os disparos realizados, a munição disponível, inclusive as condições em que o participante se encontra e a capacidade que tem para disparar após os impactos recebidos.  
 

Tudo isso é possível através de um sistema wireless composto por quatro sensores dispostos no uniforme e no capacete do soldado. Estes sensores, por sua vez, são capazes de detectar os disparos realizados por emissores laser fixados na arma de cada combatente, simulando o efeito do tiro real, com alcances de até 1000 metros. Trata-se de uma ferramenta eficiente e cada vez mais estratégica para o adestramento militar, uma vez que o equipamento simula um confronto real e permite aos participantes interagir com todos os elementos presentes em uma batalha verdadeira.

“Diante do elevado custo do material necessário para a realização de exercícios táticos de combate real e a dificuldade de encontrar lugares adequados onde realizar disparos com munição real, a simulação assume um grande papel como uma alternativa altamente realista e que facilita o treinamento da tropa sem o risco do dano físico”, afirma Angel Suárez, Diretor da área de Simulação da TECNOBIT.  “E, dentro do campo da Simulação, a instrução dos soldados requer cada vez mais o uso de meios de simulação que sejam os mais realistas possíveis”, complementa Suárez.

A TECNOBIT também aproveitou o encontro com o General Enzo para destacar o Projeto SAFO (Simulador de Apoio de Fogo) desenhado pela companhia especialmente para o Exército Brasileiro. O SAFO facilita o treinamento, em condições próximas ao combate real, em áreas tais como a preparação e análise de missões, o reconhecimento do terreno e a localização e seguimento de alvos, a preparação e execução das ordens de tiro e a observação e correção das ações de fogo, para a integração do fogo artilheiro com a manobra, unificando todos os subsistemas de Artilharia de Campanha.

O Simulador de Combate Individual permite o registro e análise do treinamento

Uma das vantagens do simulador da TECNOBIT é que permite ao instrutor armazenar as informações relevantes obtidas durante o exercício e, assim, analisá-las uma vez finalizado o treinamento para que as estratégicas de ação e a atuação de cada participante possam ser corrigidas e melhoradas nas próximas simulações.  Este sistema pode ser usado no esquadrão, seção, pelotão ou companhia.   

Características gerais do Simulador

-    Portátil e versátil. O sistema standard é formado por quatro detectores: dois são colocados no capacete e outros dois no uniforme do soldado (peito e costas). Outro componente do simulador é o Emissor Laser que, juntamente com a Unidade de Controle, totaliza seis elementos. Todos os módulos estão interconectados sem fio de acordo com o standard IEEE 802.15.4, protocolo Wireless.
-    Real e Preciso. Este simulador recria os alcances e efeitos das armas usadas no treinamento. Além disso, simula a munição disponível e calcula os efeitos produzidos pelos disparos. Todas as ações dos participantes são armazenadas na Unidade de Controle para que posteriormente possa ser feito um download para a Estação de Análise. A Unidade de Controle está fixada no colete ou em equipamentos usados pelo combatente durante o exercício e fornece a interface de usuário através de uma tela OLED (“Organic LED”), um alto-falante, quatro botões de navegação e uns LEDs de estado. Entre outros dados, informa ao instrutor sobre o estado do combatente (Vivo, Ferido, Morto) e do Simulador de Combate.
-    Robusto e confiável: O equipamento está desenhado para evitar a possibilidade de erro, fazendo com que o sistema não dispare se não existe munição ou se o combatente foi previamente atingido.
-    Flexível. Pode ser utilizado para simular o disparo do fuzil de assalto (FUSA) HK G36, da metralhadora MG4 ou do rifle de precisão Accuracy. Em definitiva, a partir de modificações no software/hardware, o emissor laser pode ser adaptado para qualquer tipo de fuzil.
-    Simples e compacto. Utiliza baterias recarregáveis integradas nos módulos para maior estanqueidade dos mesmos e possui um peso inferior a 2.0 Kg.

Sobre a TECNOBIT

Fundada em 1976, a TECNOBIT é uma multinacional espanhola que constrói equipamentos e sistemas avançados, com uma forte base em eletrônica, para a Indústria da Defesa e Segurança. A companhia conta com um escritório-sede e um centro de engenharia e fabricação na Espanha e outro centro no Rio de Janeiro, que serve de base para as operações na América Latina. A ampla gama de equipamentos e software e a capacidade de engenharia própria permitem à TECNOBIT oferecer produtos e soluções completas nas áreas de Aviônica; Optrônica; Simulação; Sistemas de Controle e Informação; Espaço, além de Sistemas de Apoio. www.tecnobit.com

Substituição das tropas das Forças Armadas no Haiti



Foto: EB

No último domingo (4), 130 militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) embarcaram para a capital haitiana Porto Príncipe, onde integrarão o novo contingente do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Até o início de dezembro, estão previstos mais nove voos de traslado para levar 522 soldados ao país caribenho, totalizando um efetivo de 652 homens do 1º Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabatt 1). Este é o 17º contingente enviado ao Haiti pelo Brasil. O país lidera a Minustah desde que a missão foi criada, em 2004.

No embarque de domingo, uma aeronave KC-137 da FAB partiu do Rio de Janeiro com 46 militares (31 da Marinha, 13 do Exército e dois da FAB). Outros 84 soldados do Exército ingressaram a bordo do avião em escalas nas cidades de Natal (RN) e Manaus (AM). A próxima partida está marcada para hoje (7).

Para reforçar as ações logísticas da Minustah, a Marinha do Brasil enviou, há uma semana, o Navio de Desembarque de Carros de Combate "Garcia D’Avila" (foto acima). A embarcação irá transportar material da Força de Fuzileiros da Esquadra e do Exército para suprir os contingentes das tropas brasileiras no Haiti, além de substituir o material que será repatriado e que necessita de manutenção.

Redução e mudança de foco

Por liderar o componente militar da missão, o Brasil é o país que conta com o maior efetivo militar na nação caribenha. Atualmente, 1.878 capacetes azuis brasileiros atuam no Haiti: 249 da Marinha, 1.599 do Exército e 30 da FAB.

Esse quantitativo, no entanto, tende a diminuir gradualmente, de acordo com a Resolução 2070, de 12 de outubro de 2012, do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento renovou, por mais um ano – até 15 de outubro de 2013 – as atividades da Minustah.

Na resolução, o órgão determinou uma redução de 15% no contingente militar que 19 países mantêm no Haiti. Cairá de 7.340 para 6.270, em 2013, o total de efetivos que atuam na reintegração do país. No caso do Brasil, a ideia é diminuir para 1.418 homens a partir da próxima troca de contingente (18º). A decisão, porém, ficará a cargo da própria Minustah e já está em tratativas. O número de integrantes da Força Policial também será reduzido de 3.241 para 2.601 homens.

A "retirada gradual das tropas" no país caribenho vai ao encontro de um anseio expresso pelo ministro da Defesa brasileiro, Celso Amorim. Desde que assumiu o cargo, há cerca de um ano e meio, Amorim tem dito que "não pode haver permanência para sempre, nem retirada irresponsável" do Haiti.

Em pronunciamentos e entrevistas, o ministro tem apoiado uma estratégia de saída que seja favorável aos dois países. No entender de Amorim, isso é necessário para que, ao poucos, os haitianos sejam capazes de prover sua própria segurança.

Outra expectativa brasileira – a de ajustes no foco da missão – também foi contemplada pela nova resolução do Conselho de Segurança da ONU. Passada a fase emergencial de apoio – impulsionada pelo terremoto que devastou o Haiti em 2010 – e com a estabilização dos níveis de violência, o Brasil tem demonstrado preocupação maior com a ajuda na reconstrução do país.

De acordo com o documento expedido em outubro, a ONU também vislumbra uma nova fase no apoio dado ao Haiti. Ao tratar dos objetivos principais da missão, a resolução do Conselho de Segurança destaca que "a Minustah vai continuar provendo apoio logístico e tecnológico para desenvolver a capacidade do Estado Haitiano" – uma orientação distinta em relação ao entendimento que prevalecia anteriormente, com foco maior nas ações de segurança.

Além disso, algumas tarefas que antes cabiam à Minustah já estão a cargo das unidades policiais do país. Essa transferência de responsabilidades é realidade em quatro dos dez departamentos haitianos: Sul, Grand-Anse, Nippes e Noroeste.

Pelo documento da ONU, a missão no Haiti tem o objetivo, ainda, de atuar na promoção à proteção dos direitos humanos, principalmente das mulheres e das crianças.

Missões de paz da ONU

A ONU realiza dois tipos de operações destinadas a alcançar a paz em áreas de conflito: as dePeacemaking, em que ocorre uma imposição da paz por meio de intervenção militar, e as dePeacekeeping, que privilegiam soluções diplomáticas para a resolução de tensões internas.

O Brasil não participa de operações de Peacemaking, em decorrência de dois princípios constitucionais que vedam esse tipo de ação: a autodeterminação dos povos e a não intervenção em assuntos que dizem respeito à soberania de outras nações.

Em contrapartida, as Forças Armadas brasileiras integram a chamada "Força dos Peacekeepers" da ONU, por envolverem operações que, a exemplo do que é realizado hoje no Haiti, buscam a manutenção da paz e a reconstrução da infraestrutura de países que passaram por conflitos internos e situações de emergências humanitárias.