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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

domingo, 31 de março de 2013

15 anos da Batalha de Mogadíscio - Parte 1


Local da Queda do Super 64, alguns dias mais tarde
Na foto acima, o local da Queda do Super 64, alguns dias mais tarde

Em 3 de outubro de 1993, há exatamente 15 anos, ocorreu aquele que foi considerado, até então, o combate urbano em curta distancia mais violento desde a Guerra do Vietnã, envolvendo unidades de infantaria

Equipes da Força Delta, e elementos do SEAL, com a cobertura dos Rangers e apoio de Pararescues da USAF, foram enviados ao centro de Mogadíscio para capturar o General Muhammed Farah Aideed, líder de uma das facções políticas, a Aliança Nacional Somali (SNA), que estava em luta na Somália.

Alguns eventos que antecederam a ação

Em 5 de junho de 1993, forças da SNA de Aideed emboscaram soldados paquistaneses que integravam a UNOSOM II, matando 24 e ferindo outros 44 homens. O Conselho de Segurança da ONU baixou a Resolução 837, que adota uma postura militar mais agressiva em relação a Aideed. Entre outras medidas, entre 7 de junho e 14 de julho foram usados quatro gunships AC-130 Spectre, que voaram um total de 32 missões de interdição, reconhecimento e operações psicológicas, sendo oito dessas sortidas de combate sobre as ruas de Mogadíscio, usando seus canhões de 105 mm e 40 mm, destruindo inclusive dois depósitos de armas e a Rádio Mogadíscio, usada para propaganda de Aideed.
Em 17 de junho, foi autorizada a detenção de Aideed e oferecida uma recompensa de US$ 25.000, o que só serviu para piorar o clima político, com aumento de choques de tropas da ONU e dos EUA, com a sua milícia. Em 12 de julho, a Força de Reação Rápida atacou QG de Aideed com helicópteros de ataque. Depois desse ataque a multidão hostil matou quatro jornalistas ocidentais que cobriam a ação, mostrando seus corpos para o mundo ver. Imediatamente o Comando da Força da ONUSOM II colocou a sua inteligência e capacidade operacional para localizar, capturar e deter Aideed e qualquer um de seus apoiadores, que foram responsabilizados pelos ataques de junho e julho.
A FT 3-25 (Aviação) do U.S. Army foi designada o elemento de Comando e Controle e estabeleceu três equipes para realizar as operações de captura: Team Attack, Team Snatch, e Team Secure. Formada por helicópteros de Ataque, Escolta e Transporte com snipers e um pelotão de escolta que realizariam uma vigilância continua, executando um ataque a seu comboio e escolta quando ele estivesse trafegando pela cidade e mais vulnerável. O Team Attack destruiria os veículos líder e de retaguarda do comboio, o Team Snatch então capturaria Aideed e a equipe Secure criaria um perímetro para impedir a entrada de civis e a fuga dos alvos do local da emboscada. Alerta o General passou a ser mais discreto nos seus deslocamentos pela cidade.
Tripulação do Super 64 dias antes da queda.
Tripulação do Super 64 dias antes da queda.
Em 8 de agosto, uma viatura da Policia Militar (1) foi destruída por uma mina, na rua Jialle-Siaad, matando quatro militares americanos a bordo. A situação piorou, e o Secretário-Geral da ONU Boutros-Boutros Ghali pediu ao Presidente Bill Clinton, recém empossado, ajuda para capturar Aideed.
Em 28 de agosto, começou a chegar à Somália a Força-Tarefa Combinada de Operações Especiais (JSOTF) ou Força-Tarefa Ranger, sob o comando do Major-General William F. Garrison. A FT era formada por elementos da Força Delta, do 2º Batalhão do 75º Regimento de Rangers (2/75), dos ParaRescue da USAF e SEAL da Marinha.
Em 8 de setembro, soldados americanos e paquistaneses estavam retirando bloqueios das ruas em um lugar conhecido como Fabrica de Cigarros, quando foram atacados pela milícia usando canhões sem recuo de 106mm, RPG e armas portáteis.
Em agosto e setembro, realizaram seis missões em Mogadíscio, todas com sucesso. Em 21 de setembro, numa dessas incursões, foi capturado Osman Atto um dos assessores mais próximos de Aideed, A ação ocorreu sem sobressaltos, mas os homens da Força-Tarefa enfrentaram pela primeira vez fogo pesado de armas portáteis e de RPGs. O fogo foi devolvido por unidades em terra e no ar. Mais tarde, no mesmo dia, essa unidade foi novamente atacada pela milícia, usando uma multidão de cerca de 1000 pessoas como escudo. Seis homens da UNOSOM II foram feridos.
Outros soldados que estavam desbloqueando as ruas foram atacados nos dias 16 e 21 de setembro. No ataque do dia 21, os paquistaneses perderam um VBI e sofreram nove baixas, entre elas, dois mortos.
Em 25 de setembro um helicóptero UH-60 Black Hawk americano foi abatido, causando a morte de três homens, um do 25º Regimento de Aviação (10ª Div) e dois do 101º Regimento de Aviação (101ª Div), forças americanas e paquistaneses garantiram o local da queda e evacuaram as baixas sob fogo. O que causou preocupação aos americanos, foi o fato dos somalis terem derrubado o helicóptero usando um simples RPG, normalmente usado para atacar veículos blindados. Isso não era um bom prenúncio para incursões da FT Ranger usando helicópteros.
Área da operação, com os pontos de queda:
Área da operação, com os pontos de queda.

15 anos da Batalha de Mogadíscio - Parte 2 (final)



Operação GOTHIC SERPENT

Em 3 de outubro de 1993, a Força-Tarefa Ranger lançou sua sétima sortida, desta vez contra uma das fortalezas de Aideed numa favela do bairro Mar Negro, nas proximidades do Mercado de Bakara, para capturar dois colaboradores do general. Helicópteros transportando a força de assalto (Delta) e a força de bloqueio (Rangers) foram lançados da base localizada no Aeroporto de Mogadíscio, e uma coluna motorizada saiu da base três minutos mais tarde. Às 15:42h, a coluna motorizada chegou à área do alvo, próximo ao Hotel Olympic. Os Rangers estabeleceram um perímetro de defesa, enquanto os Deltas procuravam os apoiadores de Aideed. Ambas as forças ficaram sob intenso fogo inimigo. Os Deltas capturaram vinte quatro somalis e quando estavam começando a embarcar os prisioneiros nos caminhões para sair da aérea, um MH-60 Black Hawk de callsign “Super 61”, que estava dando cobertura foi atingido por RPG e caiu a três quarteirões da área do alvo. Imediatamente, uma esquadra de Rangers, um helicóptero de escolta MH-6 Little Bird e outro MH-60 com quinze homens de uma equipe C-SAR, seguiram para o local da queda. Os tripulantes do MH-6 chegaram primeiro à cena de ação e pousando em um beco no meio do tiroteio, evacuaram dois feridos para um hospital de campo. Na seqüência, chegaram os Rangers e o helicóptero de CSAR. Quando desciam por fast hope os dois últimos homens da equipe de busca e salvamento, essa aeronave também foi atingida por RPG, o piloto manteve o controle da aeronave até o final do desembarque e retornou para base.

Dois MH-60 atingidos

A situação continuou a piorar, e foram atingidos outros dois MH-60, um deles conseguiu retornar para base, o outro, de callsign “Super 64”, pilotado pelo Warrant Officer de 3ª Classe (Suboficial) Michael Durant, caiu a cerca de 1.5 Km do “Super 61”. A multidão foi para o local, e a despeito da heróica defesa, matou todos os tripulantes, exceto o piloto que foi pego como refém. Dois defensores do local da queda os MSgt Gary Gordon e Sfc Randall Shughart, foram postumamente agraciados com a Medalha de Honra.
Na área alvo, depois de embarcar os detidos no comboio, os remanescentes das forças de assalto e bloqueio seguiram para o local da queda do “Super 61”, abrindo caminho sob intenso fogo das milícias e assumindo posições a sul e sudoeste da aeronave abatida. Estabelecidos em posições defensivas, os soldados trataram os feridos e mantiveram fogo supressivo para manter os somalis afastados, enquanto eram realizadas as primeiras tentativas para retirar os corpos dos tripulantes do “Super 61”. Já a coluna com os detidos, comandada pelo TCel. Danny McKnight, comandante do 3º/75º Batalhão de Rangers, também tentou chegar ao local da primeira queda por outro caminho. Não foi possível encontrar o caminho entre as ruas estreitas e sinuosas, e depois de sofrer muitas baixas, perder dois caminhões de 5 toneladas e ter diversos outros veículos avariados o comandante resolver retornar a base no aeroporto.
No caminho de volta, a coluna encontrou outra com elementos da Força de Reação Rápida com Rangers e equipes das Forças Especiais que estavam seguindo para o local da queda do “Super 64”. As duas colunas retornaram a base com os feridos. Nesse meio tempo, outra Força de Reação Rápida americana que servia com a UNOSOM II, mandou uma companhia do 2º Batalhão do 14º Regimento (10ª Div), para tentar chegar ao “Super 64”, mas ela foi detida pelas milícias nas proximidades da rotatória K-4. O comandante da Força de Reação da UNOSOM II mandou então essa unidade, sobrepujada em poder de fogo, seguir pára o aeroporto afim de reagrupar e coordenar os esforços de resgate com a FT Ranger.
Enquanto as forças que tentavam prestar apoio no local das quedas eram submetidas a idas e vindas, frente à confusão, os bloqueios e a resistência nas ruas, os homens que já estavam no local da primeira queda estavam ficando sem os suprimentos básicos. Eles receberiam água e munição de um MH-60 durante a noite, mas a aeronave também acabou foi atingida por RPG e também foi posta fora de combate.
Uma coluna de resgate foi formada no Aeroporto e seguiu para área do Porto Novo. Houve um pouco de demora até serem preparados os Carros de Combate e as Viaturas Blindadas, fornecidos pelas forças aliadas do Paquistão e da Malásia, que eram as mais próximas do local. Essas forças foram integradas com o 2º Batalhão do 14º Regimento de Infantaria. O tempo gasto com a coordenação foi essencial devido a complexidade de uma operação multinacional como esta. A presença dos blindados era muito importante devido a presença de bloqueios nas ruas e o uso intenso que as milícias estavam fazendo dos foguetes do tipo RPG.

Chega o reforço

Finalmente, depois de algumas horas para planejamento e agrupamento de forças, uma coluna de mais de sessenta veículos da 10ª Divisão e forças agregadas, tendo à frente carros de combate paquistaneses seguiu para o norte com destino a National Street. Acompanhada por helicópteros de ataque AH-1 Cobra, de reconhecimento OH-58 Kiowa Warrior e o pelo UH-60 Black Hawk encarregado do C 2, a coluna percorreu a National Street com cautela até o local das quedas. Dois blindados malaios, com soldados do 2º Pelotão da Cia Delta do 2º/14º Batalhão de Infantaria, tomaram um caminho errado na National Street e foram emboscados. Os soldados rapidamente procuraram abrigo nas construções a sua volta, onde tiveram que permanecer por quatro horas até serem resgatados.
O resto do comboio prosseguiu pela National e virou para o norte em direção ao local da primeira queda, aonde chegaram já às 01:55h da madrugada do dia 4 de outubro. Essa força combinada de Rangers, Forças Especiais e Infantaria da 10ª Div. trabalhou até o amanhecer para retirar os corpos dos pilotos de dentro do destroços do “Super 61”, recebendo, enquanto isso, intenso fogo de armas leves e granadas durante toda a noite. Helicópteros AH-1 e MH-6 deram cobertura, inclusive disparando foguetes de 2.75 polegadas, o que ajudou a manter os somalis a certa distancia.
A Cia Alfa do 2º/14º Batalhão de Infantaria, alcançou o local da segunda queda (Super 64), mas não foram encontrados vestígios dos soldados e pilotos perdidos. Logo pela manhã, todos os mortos do “Super 61”, foram colocados nos blindados e o resto da força seguiu a pé para o sul ao longo da Shalalawi Street e da National, com os blindados fazendo uma cobertura móvel. Os Rangers e os Deltas foram abrindo caminho atirando e correndo, naquilo que ficou conhecido como a Milha de Mogasdício.
O corpo principal da coluna de resgate seguiu para o Estádio onde estavam baseadas as forças paquistanesas, a nordeste da cidade onde chegaram as 06:30h. Os médicos deram tratamento de emergência aos feridos mais graves, que foram depois encaminhados para o hospital ou para o aeroporto.

A contagem das perdas

As perdas foram elevadas, a FT Ranger teve 16 mortos e 57 feridos nos 3 e 4 de outubro, além de um morto e 12 feridos, em um ataque com morteiros ao hangar onde ela estava baseada no dia 6 de outubro. No 2º Batalhão do 14º Regimento de Infantaria (10ª Divisão de Montanha) foram 2 mortos e 22 feridos. Entre os parceiros da coalizão foram mortos 2 malaios e feridos outros 7 e os paquistaneses tiveram 2 feridos. O Exército dos EUA estima que foram mortos entre 500 e 1.500 somalis, entre milicianos de Aideed e populares inocentes que foram usados como escudos humanos ou pegos no fogo cruzado.
Os combates de 3 e 4 de outubro foram um divisor de águas no envolvimento americano na Somália. A já complexa e difícil missão sofreu uma reviravolta com esses acontecimentos. A situação exigiu muita inovação e rapidez na tomada de decisões por parte de todos os escalões envolvidos, em condições que não permitiam aos soldados americanos tirar partido de sua superioridade tecnológica. A experiência, o senso comum, coesão da tropa, e o treinamento tático superior foram as virtudes que tornaram possível a sobrevivência nesse novo ambiente de combate.
Em 14 de outubro de 1993, depois de intensas negociações, Aideed libertou o Suboficial Michael Durant, piloto e único sobrevivente da queda do “Super 64” e um soldado nigeriano das forças da ONU, capturado anteriormente, como um gesto de “boa vontade”.
(1) A PM, ou Military Police, é o equivalente norte-americano ao que aqui no Brasil denominamos PE para Policia do Exército, PA para Policia da Aeronáutica e SP Serviço de Policia na Marinha. Não confundir com nossas Policias Militares.
Livros:
  • Black Hawk Down: A Story of Modern War by Mark Bowden
  • The Battle of Mogadishu: Firsthand Accounts from the Men… by Matt Eversmann
  • The Night Stalkers by Michael J. Durant
  • In the Company of Heroes: A True Story by Michael J. Durant

RJ: sul-africana vence pregão de R$ 6 mi para compra de 8 novos ‘caveirões’


Novos blindados contarão com freios ABS, tração nas 4 rodas e ar-condicionado potente, melhorando o conforto dos policiais


novocaveiraorjdivO governo do Rio de Janeiro anunciou nesta segunda-feira a empresa sul-africana Paramount Logistics Corporation vencedora do pregão internacional realizado para a aquisição de oito novos blindados que reforçarão as operações de segurança no Estado, substituindo os atuais “caveirões”. O resultado do certame – que teve início em janeiro e contou com a concorrência de cinco companhias estrangeiras – foi publicado no Diário Oficial de sexta-feira. Os oito veículos táticos foram adquiridos por R$ 6,65 milhões.

Conheça o Maverick, o novo ‘caveirão’

O objetivo é fornecer quatro veículos táticos para o Batalhão de Operações Especiais (Bope), dois para o Batalhão de Choque – ambos da Polícia Militar – e dois para a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Polícia Civil.
Os novos blindados deverão possuir tecnologia de ponta, com sistema de freios ABS, tração nas quatro rodas, sistema de detecção e supressão de incêndio no motor, além de capacidade para se locomover em locais íngremes e acidentados. Outra exigência especial é instalação de ar-condicionado potente e que contenha um sistema de alimentação de energia independente do motor, permitindo que a refrigeração funcione normalmente com o blindado desligado. Os veículos táticos também terão que utilizar diesel S10, que é um combustível menos poluente.
Além de fornecer os blindados, a empresa vencedora também realizará os serviços de manutenção dos veículos durante cinco anos. Segundo o governo, os blindados serão um reforço importante para os grandes eventos esportivos que o Rio de Janeiro receberá nos próximos anos.

Sagem Felin: vale quanto pesa?


SAGEM Felin 2

O programa de modernização do soldado francês

vinheta-especial-forteO programa de modernização do soldado francês, conhecido como Felin (Fantassin a Equipaments et Liaisons Integres), acrônimo para “Infantaria integrada com equipamentos de data-link”, está pronto para a produção em massa. Pelo menos até 2013, quando o sistema terá de ser modificado, porque o Ministério da Defesa francês resolveu vender algumas bandas de rádio militares, incluindo a faixa de 802-862MHz, usada pelo Felin.
A mudança de frequência que terá de ser feita posteriormente elevará ainda mais os custos do programa, mas não se sabe quanto.
Até 2015, a Sagem, fabricante do sistema Felin, planeja entregar 22.588 sistemas. Enquanto isso, quatro regimentos receberão 1.000 sistemas cada em 2010, usando a frequencia atual de 802-862MHz. Até agora, 358 sistemas de pré-série foram entregues ao Exército Francês para avaliação e 250 tem sido usados desde o início de 2009 em avaliações táticas em Djibouti, sob calor em clima desértico e na Guiana Francesa, com calor e umidade.
Scorpion
O Felin é, como seu congênere americano “Land Warrior”, “um sistema centrado no homem para o campo de batalha centrado em redes”. Ele é parte integrante um conceito maior, oScorpion (ilustração acima), que congregará todas as plataformas do Exército Francês. O Felin é integrado a três plataformas da infantaria, o blindado VCBI, o VAB e o AMX 10P, utilizando recarregadores móveis e kits de integração nos veículos.
O Felin foi desenvolvido com a ajuda do “feedback” da tropa. Os principais desafios técnicos foram a redução do peso, do consumo de energia, a ergonomia e problemas de ordem cognitiva e física. Com o equipamento, que inclui alças óticas, vestimenta e equipamentos deC4I (Comando, Controle, Comunicações e Inteligência), cada soldado fica conectado ao comando e situado no campo de batalha.
Soldados mais velhos tiveram dificuldade para se adaptar ao sistema, mas para os mais jovens, da geração que cresceu jogando videogames e utilizando a tecnologia digital, a adaptação foi fácil.
O Felin tem 150 componentes, incluindo 73 itens básicos, em 5 versões: patrulha, NBC, balístico leve, combate de alta intensidade e balístico pesado. Um soldado totalmente equipado, com um fuzil Famas, suprimentos de comida, água e munição, levará uma média de 70 itens pesando 25kg.
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Felin Battle Management System
felin_20Demonstrações feitas com soldados equipados correndo, saltando, rastejando e disparando armas, mostraram que o peso não é um problema, já que ele é distribuído pelo corpo do soldado.
A proteção balística do Felin é modular e pode ser customizada de acordo com a missão. O uniforme suporta até 11 equipamentos eletrônicos portáteis, como bateria para o computador, rádio, interface homem-máquina, sistema de informações táticas e o sistema de informações em rede.
Os equipamentos podem ser distribuídos em bolsos pelo soldado, de acordo com sua preferência. O capacete compreende 13 itens, incluindo óculos anti-laser, visor anti-estilhaços, alça de mira para visualizar esquinas, NVG e osteofone (que habilita o soldado a ouvir ordens através do osso próximo ao ouvido, deixando seu ouvido livre para escutar sons ao seu redor).
O novo capacete leve fornece proteção balística e está equipado com um visor monocular Sagem optrônico, com câmera de intensificação de luz. O capacete tem duas telas LED, de 3 cm² cada. As alças óticas dos fuzis estão ligadas ao sistema de comunicações. Alvos visualizados pelas alças podem ser transmitidos digitalmente em tempo real para a rede do Felin.
Os soldados podem levar seu suprimento de água, numa garrafinha nas costas, equipada com um canudo flexível.
SAGEM Felin 3
O Felin foi testado na Guiana. Em condições normais, o alcance do rádio é de 1.000m em terreno aberto, 600m em áreas urbanas e 100m dentro de construções. Sabe-se que, quando o Felin passar a usar uma frequencia mais alta, seu alcance dentro da mata cairá ainda mais, pois quanto mais alta a frequencia, maior a atenuação na floresta.
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Cobra Felin?

felin1-375x420O programa do soldado do futuro ou COBRA (Combatente Brasileiro) deverá se basear no projeto francês. O COBRA poderá ser desenvolvido com parceria francesa para equipar unidades de infantaria do Exército Brasileiro.
A entrada em serviço desse equipamento no EB deverá quebrar muitos paradigmas operacionais e organizacionais, fazendo com que o Exército valorize seu instrumento mais importante, o soldado. O sistema aumentaria de forma gigantesca a efetividade e proteção da infantaria em todas as áreas, incluindo observação, comunicação, comando, coordenação e engajamento.
Certamente o Felin não é um equipamento para ser usado por recrutas, mas por soldados profissionais, com alto preparo técnico.

Controvérsias

Com a tecnologia disponível no Felin, será possível em futuro próximo termos o seguinte cenário: soldados são atingidos durante uma emboscada por forças opostas em uma zona de batalha urbana. O relatório médico de ferimentos e o estado das funções críticas do corpo dos homens feridos, medidos por sensores, são imediatamente transmitidas para o posto de comando. Lá, o comandante da companhia pode monitorar as funções cardíacas dos seus soldados e a pressão arterial em tempo real.
Mas alguns soldados experientes dizem que informações como essas não deveriam ficar disponíveis para o alto comando, já que os combates normalmente são ganhos por quem está na linha de frente, no calor da batalha, independentemente da situação dos homens.
Por outro lado, soldados que já experimentaram o Felin dizem que preferem ir à guerra com ele e que não gostariam de ter de enfrentar um inimigo equipado com o mesmo sistema.

Sinal verde do USSOCOM para o FN SCAR



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A FN Herstal recebeu a notificação do USSOCOM Program Executive Office—SOF Warrior (PEO—SW) de que o memorando de aquisição do SCAR foi aprovado e assinado em 14 de abril de 2010, passando este programa da FN para a fase Milestone C. Esta decisão autoriza a produção e a distribuição dos Combat Assault Rifle (SCAR) MK 16 e MK 17 para as Forças de Operações Especiais (SOF), bem como do Enhanced Grenade Launcher Module (EGLM) MK 13.
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Mk.16 SCAR-L (Light)Mk.17 SCAR-H (Heavy)
Caliber5.56×45 NATO7.62×51 NATO basic
7.62×39 M43 and others additionally
Overall length, standard configuration850 mm (max) / 620 mm (min)997 mm (max) / 770 mm (min)
Barrel length254mm/10″ (CQC), 355mm/14″ (Std), 457mm/18″ (LB)330mm/13″ (CQC), 406mm/16″ (Std), 508mm/20″ (LB)
Weight3.5 kg empty3.86 kg empty
Rate of fire600 rounds per minute600 rounds per minute
Magazine capacity30 rounds standard20 rounds (7.62×51 NATO)
30 rounds (7.62×39 M43)
Na sequência de uma solicitação em todo o mundo para a indústria de armas militares, nove vendedores apresentaram uma dúzia de modelos diferentes para um novo sistema modular e de grosso calibre. O FN SCAR foi o único sistema de armas a passar em todos os critérios “Go” e “No-Go” e foi escolhido por unanimidade, em novembro de 2004, pelo júri composto por profissionais seniores de cada componente das SOF.
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O SCAR é o primeiro fuzil de assalto adquiridos pelos militares dos EUA através de uma competição aberta, desde os ensaios do M16, em meados da década de 1960. Os testes de confiabilidade, precisão, segurança e ergonomia foram administrados a partir de agosto de 2005 a setembro de 2008.
Foram conduzidos em uma variedade de ambientes, inclusive urbano, marítimo, floresta e montanha no inverno. O SCAR obteve sucesso co mais de dois milhões de cartuchos de munição durante estes testes, tornando-se uma das armas mais testadas na história de pequenas armas.
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O sistema FN SCAR consiste em duas plataformas altamente adaptáveis, modulares e um lançador de granadas. O MK 16 MOD e de 5,56 milímetros para Forças de Operações Especiais e o MK 17 é o de 7,62 milímetros. Ambas as armas estão disponíveis em três diferentes comprimentos, otimizados para realização de operações de combate aproximado, infantaria padrão e fogo de longo alcance de precisão.
Todos os canos do SCAR podem ser facilmente trocados pelo operador, em apenas alguns minutos, para imediatamente atender aos requisitos de praticamente qualquer missão. O Enhanced Grenade Launcher Module (EGLM) de 40mm é montado rapidamente sob o cano de uma plataforma SCAR, proporcionando capacidade adicional de poder de fogo do combatente individual, e pode ser facilmente configurado para ser usado como uma arma autônoma também.
Por causa do design modular do sistema SCAR, a uniformização ergonômica (100%) e partes comuns (mais de 80%), há uma redução significativa nos custos de treinamento e suporte do ciclo de vida. A arquitetura aberta do sistema de armas é projetada para suportar os avanços dos futuros requisitos operacionais, incluindo novas munições, dispositivos de pontaria, sistemas de mira e equipamentos de missão crítica.
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ARMAS - Exército investiga venda ilegal pela internet



Jovem se passa por tenente das Forças Armadas para comercializar airsoft. Compra e venda do produto é controlada e precisa do certificado de registro.
Ponta vermelha ou alaranjada diferencia a airsoft de um armamento real. Foto: Reprodução/TV Vanguarda

O Exército e o Ministério Público Federal investigam a venda de armas pela internet feita por um morador de Taubaté que se passa por militar e oferece pistolas e revólveres nas redes sociais. Ele vende réplicas de armas de airsoft, usadas somente para praticantes de tiro esportivo, e que têm a venda para colecionadores e competidores controlada pelas Forças Armadas. As importações ilegais são a principal forma de comercialização ilícita do produto no país.
O jovem usa uma página de relacionamentos na internet para apresentar as armas. Na apresentação dele na rede social, ele se diz tenente. E até coloca o local que seria o atual endereço dele, o Comando da Aviação da Aeronáutica (Cavex) de Taubaté. “Esta pessoa não faz parte do Exército e não faz parte do nosso quadro de instituição", informou o oficial de comunicação do Exércio, major Luciano Bortoluzzi.
Ainda de acordo com Bortoluzzi, uma investigação administrativa foi aberta para apurar o caso, que foi encaminhado para o Ministério Público. O Exército também investiga se alguém de dentro das Forças Armadas colabora com o esquema.

Segundo a Polícia Militar, o uso de réplicas por assaltantes é comum, e quem procura essas armas com intenções criminosas não faz a compra por meios legais. “Dentro das lojas que são legalizadas e comércio legalizados, isso é proibido. O que a gente vê é que a venda é feita de forma clandestina , de pessoas que trazem de fora ", contou o capitão Waldomiro Medeiros.
A produção da TV Vanguarda entrou em contato com o jovem pela internet, que adverte que o equipamento assusta por ser muito real. Após os primeiros contatos, a negociação foi feita por telefone.
Jovem: Eu encomendei umas pra chegar terça-feira que vem. São duas pretas e duas pratas que vão chegar. Ela são todas em full metal, ou seja, ele é metal mesmo, entendeu? É muito real, o peso é real, tudo é real nela, entendeu? Se alguém te perguntar: "de quem que você comprou?". Eu vou te dar um documento, no qual você comprou esse documento de um oficial do Exército, entendeu?
De acordo com a polícia, o rapaz que oferece o produto na internet já tem condenações em pelo menos dois processos, por estelionato e furto. Neles foram aplicadas penas de prestação de serviços comunitários e pagamento de multa. Ele foi procurado pela reportagem, mas por meio do advogado informou que não iria se manifestar. O vendedor pode responder por crimes como contrabando e falsidade ideológica.
Regras

Para vender ou comprar uma arma airsoft, a pessoa precisa ter uma autorização do serviço de fiscalização de produtos controlados do Exército, o chamado de certificado de registro. A arma comercializada precisa ter a ponta vermelha ou alaranjada, que a diferencia de um armamento real.
Além disso, o comprador deve ser maior de 18 anos e adquirir a airsoft de um estabelecimento ou vendedor credenciado e com nota fiscal. É necessário ainda ter uma guia de tráfego do Exército para transportar a arma.
Fernando Alves de Moraes é praticante de airsoft há três anos. Ele tem as autorizações pedidas pelos militares e afirma que o esporte não é barato. "No mercado legal você pode estar fazendo aquisição do equipamento eu tenho conhecimento no mínimo por R$ 600, quem está vendendo por R$ 200 ou R$ 300, com certeza é de forma ilegal", afirmou.
Apreensões
Em novembro de 2010 um fuzil, muito parecido com um real, foi encontrado com um homem acusado de cometer assaltos em casas de Taubaté. Na região, a última grande apreensão de produtos como esses foi em fevereiro de 2011. Trezentas peças foram recolhidas de ambulantes em Aparecida.

sexta-feira, 29 de março de 2013

ARMA NÃO LETAL DAZER LASER



Mais um equipamento não letal baseado em luz, mas desta vez é por laser e não estroboscópica

Trata-se da Tecnologia Dazer Laser Light Fight! Conforme o desenvolvedor esta arma foi criada para ser humanitária e segura, seu funcionamento se baseia no Laser Alexandrite!


Os dois modelos que estão sendo comercializadas  são para uso civil e militar, o modelo Dazer Laser DEFENDER e o modelo Dazer Laser GUARDIAN.

Estas armas não-letais têm a capacidade de controlar a ameaça em intervalos de um metro até 2400 metros (dependendo do modelo). O laser emite um feixe de laser verde que pode ter um diâmetro de 30 centímetros a 240 centímetros (dependendo do modelo), com isso consegue focar o agressor de longas distancias ou muito próximos!

Os efeitos deste equipamento são visão temporariamente prejudicada, o equilíbrio é afetado e náuseas.



para o modelo em formato de lanterna existe um cabo para adaptar, fazendo com que o sistema fique mais funcional!









ALEXMARAGATO: MANUAL de APH - TCE e TRM para DOWLOAD






ALEXMARAGATO: MANUAL K-SAR PARA SELEÇÃO DE CÃO DE RESGATE

domingo, 24 de março de 2013

sábado, 23 de março de 2013

Após confusão em manifestação no Rio, GM diz que vai apurar imagens



Manifestantes protestavam no Centro contra desocupação de antigo museu.
'Agentes foram recebidos de forma extremamente hostil', diz GM.


Briga entre PMs e manifestantes (Foto: Priscilla Souza/ G1)
Em uma nota enviada à imprensa, a Guarda Municipal do Rio de Janeiro (GM-Rio) disse vai apurar através de imagensas cenas de violência entre agentes e manifestantes no Centro do Rio, na tarde de sexta-feira (22). De acordo com a GM, os agentes "foram recebidos de forma extremamente hostil pelo grupo que protestava". Cerca de 150 militantes que são contra a desocupação do antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, foram para a porta da Assembléia Legislativa do Estado (Alerj) para continuar o protesto iniciado pela manhã na Radial Oeste.

A nota diz ainda que "uma guarda chegou a ser agredida por um dos participantes do movimento, que quebraram o para-brisa de uma viatura da GM-Rio". Os casos foram registrados na 1ª e na 5ª delegacias de polícia, como lesão corporal e dano ao patrimônio público, respectivamente.
 
A corporação afirmou que os manifestantes atiraram objetos contra os agentes, que tiveram um rádio de comunicação extraviado. "Mesmo diante de cenário desfavorável, a Guarda Municipal condena de forma veemente o uso da violência para conter a população. As imagens serão encaminhadas para a Corregedoria da Corporação, para que os agentes que possam ter cometido qualquer abuso sejam identificados e punidos", diz a nota.

Manifestação
Cerca de 150 estudantes e militantes que são contra a desocupação do antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, foram para a porta da Assembléia Legislativa do Estado (Alerj) na tarde de sexta-feira para continuar o protesto iniciado pela manhã na Radial Oeste. Pouco depois das 15h, eles fecharam a Avenida Presidente Antonio Carlos, causando retenção no tráfego, por cerca de 30 minutos. Segundo a PM, cinco manifestantes foram detidos e levados para a 5ª DP (Mem de Sá) e uma policial ficou levemente ferida.

Um táxi que passava pelo local também foi atingido por cocos. "Tinha acabado de deixar um passageiro e não tive nem como sair do meio do protesto. Quebraram o meu carro com um coco. Sou motorista auxiliar e vou ter que arcar com o prejuízo", disse chorando o taxista Marcelo de Souza.
Os estudantes jogaram cocos nos policiais que tentavam dispersar a manifestação. Um carro da PM foi depredado e teve o para-brisa quebrado. Para liberar a via, a PM usou spray de pimenta e só conseguiu dispersar os manifestantes pouco antes das 16h. Muitos policiais também usaram a força para conter a manifestação, o que causou revolta de estudantes e militantes.
PM usa força para conter manifestante  (Foto: Gabriel Barreira/G1)PM usa força para conter manifestante (Foto: Gabriel Barreira/G1)
Manifestante foi detido por guardas municipais (Foto: Gabriel Barreira / G1)Manifestante foi detido por guardas municipais (Foto: Gabriel Barreira / G1)
O único índio presente na manifestação era ASH. "Nós queremos que os direitos indígenas sejam respeitados. Para nos, é importante que o museu fique vivo e a Aldeia Maracanã deveria continuar. O governador nunca quis dialogar com a gente. Ele queria tirar a gente de lá e privatizar o espaço", disse.
Policiais do Batalhão de Choque entraram no antigo Museu do Índio por volta das 11h45 desta sexta. O clima ficou tenso, houve confronto, e os PMs utilizaram spray de pimenta e gás lacrimogêneo. Os policiais dispararam tiros de bala de borracha. Manifestantes revoltados, muitos com os rostos pintados, ocuparam as vias no entorno e bloquearam a Radial Oeste nos dois sentidos. Um dos manifestantes passou mal e foi socorrido pelo Samu.
Após a retomada do museu, PMs do 4º BPM (São Cristóvão) vão patrulhar o local até o começo das obras do Museu Olímpico.
A invasão aconteceu após término da negociação, que começou às 3h com a chegada do Choque. Pouco antes das 11h, a PM começou a desfazer o cerco, dando indício de que havia um acordo, mas o clima de tranquilidade durou pouco: às 11h30, um grupo ateou fogo em uma oca erguida no terreno e começou a fazer uma dança. Bombeiros foram acionados para apagar as chamas.
Protesto teve depredação de carro da PM e de um táxi (Foto: Priscilla Souza /  G1)Protesto teve depredação de carro da PM e de um táxi (Foto: Priscilla Souza / G1)
Pouco depois, o Choque se posicionou e invadiu o local. Segundo o coronel Frederico Caldas, a decisão de entrar no antigo museu ocorreu por causa do incêndio na oca. "A Polícia Militar agiu na legalidade para uma saída negociada até que eles resolveram por fogo, que já estava se alastrando pelas árvores", afirmou o oficial. Segundo o coronel, na operação havia 200 policiais do Bope. Ainda de acordo com Caldas, não foram índios que atearam fogo na oca, mas militantes.
Por volta das 12h20, as ruas ao redor do antigo Museu do Índio pareciam uma praça de guerra. Manifestantes com pedras, paus e faixas tentavam fechar algumas das vias.
A todo momento era possível ouvir disparos feitos por policiais do Batalhão de Choque. Manifestantes foram detidos.
A ação foi acompanhada pelo deputado Marcelo Freixo, que criticou a atuação da PM. "De repente você tem tiro para cima, spray de pimenta nos parlamentares, no promotor, no defensor público. Não é possível dizer que é necessário. Mesmo que alguns resistissem era possível que eles fossem retirados sem violência", declarou Freixo. "Nós vamos agir contra esse procedimento da polícia", afirmou.
O defensor público federal Daniel Macedo, que representa os índios, criticou a entrada da PM no antigo museu. Para Macedo, os policiais do Batalhão de Choque agiram de maneira truculenta. “Foi uma arbitrariedade. Não precisava disso, eles [os índios] já estavam prestes a sair. Apenas um pequeno grupo permanecia no prédio. Eles me pediram 10 minutos para fazer uma dança de despedida, quando os PMs entraram. Vou analisar imagens e talvez entre com uma representação pedindo a responsabilidade da polícia.”
O major da PM Ivan Blaz afirmou que se houve truculência durante a desocupação do antigo Museu do Índio, será averiguado. “Ainda estamos em ação. Tudo vai ser verificado e apurado no seu momento. Por enquanto ainda estamos em operação. Peço a compreensão de todos para que a gente possa liberar a via para que milhões de pessoas possam voltar às suas rotinas”, declarou.
Detidos e feridos
Entre os manifestantes havia estudantes, integrantes de grupos sociais e até ativistas do Femen. Uma delas, de seios de fora, foi detida pouco antes da invasão. Revoltada, ela gritava "assassinos".
Índios colocam fogo em oca que fica no terreno do antigo Museu do Índio. (Foto: Reprodução / TV Globo)Índios colocaram fogo em oca que fica no terreno do antigo Museu do Índio. (Foto: Reprodução / TV Globo)
Mais cedo, o advogado Arão da Providência, que diz ser irmão de um dos índios que vivem no prédio, pulou o muro para falar com os indígenas. Ele foi repreendido por policiais militares do Batalhão de Choque, contido com uso de força e levado para o camburão. A manifestante Mônica Bello também foi detida após discutir com os PMs.
O fotógrafo do jornal "O Globo" Pablo Jacob foi atingido na perna por granada de efeito moral.
Entenda o caso
A polêmica sobre o destino do espaço começou em outubro de 2012, quando o governo do estado anunciou mudanças no entorno do Maracanã, para que o estádio pudesse receber a Copa das Confederações, em 2013, a Copa do Mundo, em 2014, e a Olimpíada, em 2016.
Pelo projeto da Casa Civil, o Maracanã seria transferido para a iniciativa privada, que deveria construir um estacionamento, um centro comercial e áreas para saída do público. Para isso, alguns prédios ao redor do estádio deveriam ser demolidos, entre eles o casarão do antigo Museu do Índio, que funcionou no local de 1910 até 1978.
O edifício com área de cerca de 1600 m² está desativado há 34 anos. O grupo de indígenas que ocupa o prédio – e deu ao museu o nome de Aldeia Maracanã – está no local desde 2006.
Esse ano, no entanto, a 8ª Vara Federal Cível do Rio de Janeiro concedeu imissão de posse em favor do governo estadual. Os índios foram notificados em 15 de març
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