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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Como conquistar a ‘boina vermelha’

Para ganhar o símbolo de coragem e profissionalismo das tropas especiais da Rússia, os candidatos são submetidos a uma das provas de qualificação mais duras do mundo
A boina vermelha é peça de uniforme militar muito popular em diversos exércitos do mundo, especialmente nas tropas especiais.
Na Rússia, o histórico dos testes para boina vermelha remonta ao ano de 1978 quando, na divisão de operações policiais especiais Dzerjinski, foi criado um centro de treinamento de tropas especiais. Mais tarde, esse centro deu origem à famosa unidade especial Vítiaz (Guerreiro”).
A ideia de submeter os soldados das tropas especiais aos testes para boina vermelha foi do ex-comandante da unidade Vítiaz e herói da Rússia, Serguêi Lissiuk.
“Tudo começou quando li o livro ‘Team Alpha’, de Miklos Saba, ex-soldado das tropas especiais dos EUA. A obra descreve como os soldados americanos conquistam o direito de usar a boina verde, derramando suor e sangue”, disse Lissiuk.
Segundo o ex-comandante, tamanha foi a impressão do livro que surgiu ideia de criar em sua unidade um teste de qualificação e premiar os aprovados com o direito de usar a boina marrom. “Assim, de uma simples peça de uniforme militar a boina marrom se transformaria em um símbolo de coragem e profissionalismo”, acrescentou.
Dito e feito, Lissiuk e seu amigo Viktor Putílov elaboraram um regulamento e realizaram os primeiros testes em 31 maio de 1993. Desde então, as provas para a boina marrom são realizadas em todas as unidades especiais das tropas do interior da Rússia.
Três fases
A primeira etapa do teste compreende uma corrida cross-country de 8 km e uma prova de velocidade. A maior parte do percurso passa por uma zona de lagos e pântanos ou por uma zona “contaminada” com muitas áreas minadas ou incendiadas e implica o uso de uma máscara de gás.  
Algumas partes devem ser atravessadas entre tiros de verdade. Ao longo do percurso, os participantes são testados também pelo chamado grupo de “ataque psicológico”, isto é, quando os efetivos gritam com eles, despejam água ou lama ou lhes atiram foguetes aos pés.
Logo após concluir essa parte da prova, o avaliado deve correr o mais rapidamente possível uma distância equivalente a 400 m. Na sequência, fazem flexões na barra e exercícios acrobáticos.
É só depois de todas essas atividades que a segunda fase tem início. Todas as provas giram em torno de exercícios de tiros com um lança-foguetes antitanque RPG-7, um lança-foguetes automático AGS-17, uma metralhadora PK ou PKT, um fuzil AK74M, pistolas Makarov e Stechkin e um fuzil de precisão SVD.
A terceira e última etapa trata-se de um combate corpo a corpo de 12 minutos contra  os “boinas marrons” e é chamada pelos soldados de “12 minutos de inferno”.
Os 12 minutos são divididos em quatro tempos de três minutos e, em cada um deles, o participante enfrenta um rival diferente.
Quem passar nos três testes receberá então uma boina vermelha. Em cada grande unidade das tropas especiais existe um Conselho de Boinas Vermelhas que pode, entre outras coisas, privar o soldado de usar o objeto por determinadas infrações.
A tradição de fazer testes para boina vermelha existe também no batalhão de operações especiais da polícia Berkut, da Ucrânia, e nas tropas especiais da Bielorrússia.

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