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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

domingo, 30 de dezembro de 2012

O PRATICANTE

REVISTA KOMMANDOS

IMOBILIZAÇÃO DE MEMBROS FRATURADOS

Foi desenvolvido um novo equipamento para imobilização de membros fraturados com o auxilio de talas. Esta nova ferramenta foi criada pelo GM Costa do GOE. Possuidor de uma grande experiencia em em socorro, viu a necessidade da utilização de um material mais resistente e  durável, tendo estas talas uma grande vantagem que é a desinfecção após o seu uso.













CURSO DE INSTRUTORES NÃO LETAL - GOE RIO

Foi realizado em dezembro o Curso de Instrutores de Equipamentos  Não letals. Foram formados 36 operadores do GOE e 04 da Academia da GM RIO. O curso foi relizado nas instalações da CONDOR.


























VIBRAÇÃO!!!!!!!





PCC - Treina membros para explodir caixas eletrônicos


Outras regiões do Brasil também tem sido atacadas com artefatos explosivos. Aqui a 19ª agência bancária atacada no RS, em 2012 
O PCC (Primeiro Comando da Capital) infiltrou integrantes em cursos que ensinam a manusear explosivos, realizados em pedreiras do Estado de São Paulo. É o que relevou reportagem publicada pela Folha no mês passado.

A informação está em investigações feitas pela Polícia Federal e pelo Exército. Os documentos, sigilosos, informam que o objetivo é aumentar a eficácia de suas ações em explosões de caixas eletrônicos. O treinamento pode estar sendo feito há, pelo menos, quatro anos.

A Polícia Civil chegou a investigar, em 2008, essa prática. A apuração parou porque, na época, os policiais não tinham o acesso ao sistema que permite a pesquisa sobre informações das empresas que ministram os cursos.

MEMÓRIA

O primeiro caso de explosão a caixas eletrônicos na região de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) foi marcado pela violência da ação, ocorrida em Patrocínio Paulista em junho do ano passado, na qual três suspeitos foram mortos.

Após explodirem caixas eletrônicos na cidade, uma perseguição feita pela PM, que durou quatro horas e chegou a Franca (400 km da capital), resultou em três mortos, três feridos e quatro presos.

Antes, ataques a caixas eletrônicos na região haviam ocorrido apenas de outras maneiras, como, por exemplo, com o uso de maçaricos e pés-de-cabra, sem explosivos.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

ARMAS - Pressão pelo porte


Categorias do funcionalismo fazem lobby pela aprovação de propostas que permitem o uso de revólveres e pistolas em serviço


Reajustes salariais, planos de carreira e redução de carga horária não são mais os únicos benefícios almejados por servidores públicos. O porte de armas entrou para a lista de pedidos feitos por diversas categorias do funcionalismo. A batalha para receber autorização para circular com uma arma causa sobrecarga no Congresso. Desde 2004, 88 projetos de lei que alteram o Estatuto do Desarmamento tramitaram no legislativo, 71 na Câmara dos Deputados e 17 no Senado Federal. A maioria dessas propostas prevê a concessão a categorias como agentes de trânsito, auditores fiscais, oficiais de Justiça, agentes socioeducativos, guardas prisonais e até advogados públicos.

Os dados fazem parte de um levantamento realizado pela Secretaria de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça. Preocupado com o impacto que a ampliação da concessão de armas causaria na segurança pública, o governo monitora a tramitação de todos esses projetos no Congresso e se posiciona contrariamente a qualquer iniciativa de flexibilizar o Estatuto do Desarmamento. “Existe uma cultura de caráter corporativista que enxerga o porte de armas como um benefício. Mas, na maioria das vezes, essa reivindicação não é feita com base em dados que comprovem a necessidade”, comenta o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira.

Para ele, a aprovação dessas mudanças seria “um retrocesso sem precedentes”. “Até nos Estados Unidos já há um debate sobre a necessidade de aumentar o controle e aqui no Brasil vemos o andamento desses projetos que ampliam o porte e reduzem a fiscalização. A arma registrada mata tanto quanto a ilegal e nosso objetivo é reduzir e não ampliar o número de armas em circulação”, acrescenta Marivaldo.

A legislação só autoriza o porte de armas mesmo fora do horário de serviço a militares das Forças Armadas, PMs, guardas municipais de capitais e de cidades com mais de 500 mil habitantes, agentes da Agência Brasileira de Inteligência e do Departamento de Segurança do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

 Sanção

Entre as propostas em análise no Congresso, a única que avançou até agora foi o Projeto de Lei nº 87/2011, de autoria do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). O texto autoriza o porte de armas fora do horário de serviço para agentes e guardas prisionais e integrantes de escoltas de presos, além dos que fazem a vigilância nos portos. Aprovado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado em caráter terminativo, a proposta foi encaminhada para sanção presidencial na semana passada.

O diretor do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo, Luiz da Silva Filho, diz que essa é uma reivindicação antiga da categoria. Ele acredita que, com porte de armas 24 horas por dia, a categoria estará mais segura. “Já fui seguido na rua com minha mulher e meus dois filhos, já recebi ameaças em casa. Não podemos sair na rua sem estarmos armados. O revólver pode não resolver tudo, mas certamente nos deixa mais seguros”, comentou Luiz.

Em pauta

Confira propostas em tramitação no Congresso que permitem o porte de arma a determinadas categorias

Guardas municipais

» O Projeto de Lei nº 3.969/2008, do deputado Renato Amary (PSDB/ SP), autoriza o porte de arma de fogo aos integrantes das guardas municipais de todas as cidades, independentemente do número de habitantes. A proposta foi recebida pela Comissão de Finanças e Tributação em junho deste ano. Há vários outros projetos sobre o porte de guardas municipais.

Câmara Legislativa

» O Projeto de Lei nº 1.966/2011, do deputado Edsom Pimenta (PcdoB-BA), concede porte aos integrantes do órgão policial da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Está na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Este mês, acabou o prazo para emendas, sem nenhuma apresentada.

Agentes de Segurança Socioeducativos

» O Projeto nº 1.060/2011, do deputado Dr. Ubiali (PSB/ SP), concede porte a agentes de segurança socioeducativos. A proposta está na Comissão de Seguridade Social e Família.

 Ministério Público da União

» A Procuradoria Geral da República apresentou em 2010 o Projeto de Lei nº 7.896, que concede porte de arma aos seguranças integrantes das carreiras de analista e técnico do Ministério Público da União. O projeto está na Comissão de Segurança Pública.

Justiça

» O Projeto nº 301/2009, do senador Gim Argello (PTB-DF), permite porte de arma pelos agentes e inspetores de segurança do Poder Judiciário e pelos agentes de trânsito dos estados e do Distrito Federal. A proposta está na Comissão de Relações Exteriores e Defesa.

Executivo federal

» O Projeto nº 287/2008, do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), estende o direito a porte de armas aos agentes de vigilância do Poder Executivo Federal. A proposta está na Comissão de Relações Exteriores e Defesa.

IML

» O Projeto nº 199/2006, do senador Sérgio Zambiasi (PTB–RS), permite o porte de arma 24 horas aos integrantes de carreira de Institutos de Criminalística, de Identificação e de Medicina Legal. A proposta está na Comissão de Constituição e Justiça e já tem parecer favorável à aprovação

50kW High Energy Laser é demonstrado com sucesso na Suíça



Novo modelo desenvolvido pela Rheinmetall é cinco vezes mais destrutivo que sua versão anterior.


“Não sei como será a Terceira Guerra Mundial, mas sei como será a Quarta: com paus e pedras”, disse certa vez Albert Einstein — antevendo o potencial destrutivo da então emergente indústria bélica. Bem, talvez não seja muito arriscado levantar uma hipótese também para a Terceira: ela pode ser com lasers!
Pelo menos é o que indica o novo modelo desenvolvido pela Rheinmetall, cujo objetivo é se tornar o suprassumo da artilharia antiaérea. O novo HEL (sigla em inglês para laser de alta energia) demonstrado recentemente na Suiça tornou-se, de acordo com a fabricante, 500% mais efetivo do que a sua versão anterior.

Uma lupa para formigas gigantes

A nova unidade tem potência de 50 quilowatts e é estacionária. O “gadget” consiste em duas estações — uma de 30 e outra de 20 quilowatts —, de forma que os raios produzidos por ambas se sobrepõem para atingir um único objeto. Durante as demonstrações, o laser cortou uma chapa de aço com 15 milímetros a uma distância de um quilômetro.

O novo HEL também derrubou drones distantes dois quilômetros — embora tenha detectado os objetos voadores um quilômetro antes — e deslocando-se a 50 metros por segundo. Além disso, a Rheinmetall também afirmou que o aparato é capaz de acertar balas de aço cruzando o ar à mesma velocidade — as quais servem para emular a trajetória de morteiros. Assim como os drones, as bolotas também foram reduzidas a cinzas.
O sistema tem sido desenvolvido para utilização em uma variada gama de dispositivos contra ataques aéreos — a fim de conter mísseis e morteiros, basicamente. E há planos para o ano que vem, quando a companhia pretende algo ainda mais poderoso: “Nada deve ficar no caminho do sistema de armamento HEL com saída de 100 quilowatts”, afirmou um release de imprensa da Rheinmetall. Enfim, prepare seus paus e pedras.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

O que Nova York pode ensinar a SP no combate à violência?

Nova York já foi vista como uma das metrópoles mais perigosas do mundo, alcançando em 1990 seu pico de homicídios: 2.262 em um ano, média de 188 por mês.
sse cenário mudou: a cidade de 8 milhões de habitantes apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas nos EUA. E recentemente, em 26 de novembro, teve um dia inédito, sem nenhum registro de crimes violentos.
Algo assim é extremamente incomum, mas reflete uma tendência de queda na criminalidade. O número de homicídios em Nova York caiu para 515 em 2011 - uma redução de quase 80% em relação à década de 1990.
São Paulo teve queda equivalente nos casos de homicídio desde os anos 1990. A estatística mais antiga disponibilizada pelo governo é de 1996, quando 4.682 casos foram registrados. Em 2011, foram 1.019 - uma queda aproximada também de 80%.
Já em São Paulo, diferentemente de Nova York, os números da violência voltaram a subir neste ano.
A cidade americana contabilizou 376 homicídios entre janeiro e 26 de novembro deste ano, queda de 21% em relação ao mesmo período de 2011. Na capital paulista, segundo os dados mais recentes, os assassinatos subiram 33% entre 2011 e 2012, no período entre janeiro e outubro (dado mais recente disponível). Foram 870 mortes no ano passado e 1.157 neste ano.
 
O aumento dos homicídios foi puxado por uma onda de violência entre polícia e facções criminosas que começou em maio e se intensificou em setembro. Só entre agosto e outubro, São Paulo registrou 433 homicídios, mais do que Nova York deve registrar durante todo o ano.
Em crimes contra o patrimônio, a redução foi muito maior em Nova York na série histórica, em comparação com São Paulo (veja quadro).
Não há consenso entre especialistas quanto a quais pontos da "receita" de Nova York tiveram mais impacto na redução da criminalidade. Mas analistas ouvidos pela BBC Brasil e estudos apontam as medidas que acreditam ter sido mais eficazes.
Será que a cidade americana tem algo a ensinar às metrópoles brasileiras em redução da violência?
Camila Dias, pesquisadora do NEV (Núcleo de Estudos da Violência da USP), considera "interessantes" algumas iniciativas de Nova York, mas critica a "base ideológica da política de segurança pública americana, de encarceramento massivo e segregação".
O especialista em segurança pública Guaracy Mingardi cita diferenças cruciais entre os sistemas judiciais e policiais entre Brasil e EUA – lá, por exemplo, as polícias são de controle municipal; aqui, estão sob os Estados e divididas entre PM, Polícia Civil e perícia.
Mas os dois comentam como as medidas adotadas em Nova York se comparam a São Paulo. Confira:

Modelo da 'janela quebrada'

os anos 1990, a prefeitura de Nova York pregava o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo ("janelas quebradas"), para impedir uma espiral de violência que levasse a crimes mais graves.
"A questão foi intervir na (degradação do) espaço urbano, que contribui para a instalação de gangues", explica a brasileira Elenice Souza, da Universidade Rutgers (Nova Jersey), autora de estudos sobre violência no Brasil e nos EUA.
"Em Nova York, houve a restauração de áreas públicas onde problemas de violência eram visíveis", agrega. Também foram fechados "mercados abertos" de drogas, onde o tráfico atuava livremente.
E em SP? Para Mingardi, o modelo tem validade em locais como a cracolândia, em São Paulo – área central e urbanizada, mas degradada pela ação do tráfico -, mas não em bairros periféricos, áreas enormes e pouco urbanizadas onde as dificuldades da polícia são maiores.
Camila Dias considera "importante" a recuperação de espaços públicos, mas critica a ação já feita na cracolândia: "Recuperar o espaço não significa limpá-lo, afastando dele alguns segmentos sociais."

Identificar focos de criminalidade e patrulhá-los preventivamente

Para alguns observadores, o modelo da "janela quebrada" foi superestimado em Nova York. O mais importante, dizem, foi identificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva.
"Foi possível assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atuavam, onde sabia-se que crimes iam ocorrer", diz Tom Reppetto, ex-policial e autor de livros sobre a polícia nova-iorquina. Ele sugere que essas áreas tenham presença visível e constante da polícia.
"O mais importante é a localização da polícia", complementa Frank Zimring, professor da Escola de Direito da Universidade da Califórnia e autor de artigos sobre a criminalidade em Nova York.
Segundo ele, as patrulhas preventivas – e em grande número - em focos de crime foi essencial para reduzir a violência. "O crime é mais situacional do que se pensa, inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que iam cometer crimes simplesmente foram fazer outra coisa."
E em SP? Com efetivo insuficiente para policiamento preventivo, a Polícia Militar paulista "está, na maior parte do tempo, atrás do crime que já ocorreu", afirma Mingardi.
Para Dias, o policiamento preventivo poderia coibir pequenos delitos e servir como parte de uma estratégia mais ampla. "Mas pode levar à migração de crimes para outros locais. Acho que, no longo prazo, os efeitos seriam pífios."
 

Revistas frequentes

A polícia de Nova York tem como prática preventiva o stop and frisk, ou "parar e revistar".
"Se policiais veem alguém parado em um beco, se aproximam, perguntam se ele está armado e o revistam", conta Reppetto.
A medida é polêmica porque muitos a consideram um desrespeito ao cidadão; outros acham muitas revistas "preconceituosas", por sua tendência a focarem mais pessoas negras e pobres, por exemplo.
Para Reppetto, a revista só é válida se for embasada em suspeitas consistentes. Mas ele alega que a medida reduziu o número de armas nas ruas de Nova York.
E em SP? As revistas já são frequentes em São Paulo, mas também com o foco em traços "raciais" e socioeconômicos, dizem os analistas. Podem ajudar a prevenir alguns tipos de crimes, como brigas de bares, mas não chacinas, afirma Mingardi.

Cortes comunitárias e prisões

Para Souza, teve "papel importantíssimo" a implementação de cortes (tribunais), nos anos 1990, para tratar de crimes menores, mediar conflitos comunitários e violência doméstica e para lidar com usuários de drogas.
 
A ideia é evitar que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos cidadãos no sistema judiciário e político, diz ela, agregando que aumentou a aplicação de penas alternativas e serviço comunitário.
Quanto aos casos de prisão, não há consenso entre especialistas. Uma tese defendida por Michael P Johnson, que trabalhou na prefeitura nova-iorquina nos anos 90, é de que aumentou na época o número de pessoas presas na cidade, mas elas permaneciam detidas por menos tempo, como "advertência", para punir e mostrar que o sistema está atuante.
E em SP? "(A adoção de cortes comunitárias) é uma medida interessante, mas no Brasil a Justiça ainda está muito distante da população mais pobre, é um bem escasso", afirma Dias.
Mingardi cita os tribunais de pequenas causas, mas faz a ressalva de que, diferentemente dos EUA, não há cortes municipais no Brasil.
"E nossa legislação não prevê detenções de curto prazo, que acabam ocorrendo ilegalmente por decisão de delegados", agrega. "Nos EUA, a pessoa presa é apresentada ao juiz em questão de horas, mas aqui não. E a pessoa presa em flagrante, mesmo que por crimes menores, fica detida à espera da lentidão da Justiça."

Integração, tecnologia e reforma policial

Segundo especialistas, só houve redução do crime graças à adoção de medidas conjuntas e contínuas, por um longo período de tempo, com apoio da tecnologia – abrangendo o CompStat, serviço de compilação de dados, cumprimento de metas e mapeamento do crime; o sistema de monitoramento (com câmeras) da cidade; o uso de laptops nos carros policiais; o compartilhamento de dados entre polícia, sociedade civil e Poder Judiciário; o trabalho de inteligência e de campo para identificar criminosos que tenham fugido ou que não tenham comparecido a audiências judiciais.
 
"A atuação passou a ser proativa e aplicada de maneira apropriada e planejada", defende Reppetto.
Souza cita também a reforma policial realizada em Nova York nos anos 1990, para combater a corrupção e a desmotivação na força. Além do expurgo de oficiais corruptos, foram comprados novos uniformes, aumentados os salários e os recursos da corporação.
"A imagem da Polícia de Nova York mudou drasticamente, ainda que não necessariamente para o bem", afirma Zimring. "O que mostra que mudanças radicais podem acontecer."
E em SP? A polícia paulista conta, desde os anos 90, com o Infocrim, sistema computadorizado que mapeia o crime e que, para muitos, ajudou a reduzir as taxas de homicídio. "Mas falta ouvidoria operante, e as pessoas têm medo de denunciar. A criminalidade muda rápido, e o modelo que fez cair os homicídios já venceu", opina Mingardi.
Para Dias, "não há integração alguma, nem nos níveis mais básicos de instituições que trabalham em áreas próximas". Quanto à reforma policial, ela considera "essencial para se pensar em qualquer mudança mais profunda na estrutura da segurança pública" de São Paulo.
 

Criminalidade, em NY e SP

Homicídios em Nova York:
1990 - 2.265
2011 - 515
2012 (de janeiro a 26 de novembro) - 376
Homicídios em São Paulo:
1996* (dado mais antigo disponível) - 4.682
2011* - 1.019
2012** (de janeiro a outubro) - 1.157
(*Número de casos de homicídio. A Secretaria de Segurança Pública só começou a divulgar o número de vítimas de homicídio a partir de 2005. Até então, homicídios múltiplos eram contados como apenas um caso; **número de vítimas de homicídio)
Roubos em Nova York*:
2001 - 60.965 casos
2011 - 38.437 casos
Redução de 37%
(*inclui roubos de residências)
Roubos em São Paulo:
2001 - 112.031
2011 - 109.709
Redução de 2%

DGS - Lança Embarcação Blindada de Baixa Percepção por Radares

O projeto pioneiro foi desenvolvido pela DGS Defence, que utiliza criatividade, inovação e alta tecnologia em engenharia naval



A DGS Defence acaba de lançar a segunda lancha da linha DGS 888 Interceptor, com blindagem e tecnologia stealth (de baixa percepção por radares). A embarcação, produto inédito no país, foi apresentada a militares e autoridades dos governos federal e estadual, no Iate Clube do Rio de Janeiro.

Detentora da patente do modelo, a DGS Defence investiu na embarcação o que há de mais moderno em tecnologia de proteção balística. Sua cabine é blindada em nível NIJ III (utilizada antes somente em aviões de combate), o que a torna resistente a disparos de projéteis calibres 7,62 mm, e tem visão noturna.

Para garantir alta performance, a propulsão do DGS 888 Interceptor é feita por três motores de popa Evinrude que juntos geram 900 HP, permitindo velocidades superiores a 50 nós. O casco é fabricado em copolímero de etileno, plástico de engenharia de alto peso molecular – material também empregado em coletes a prova de bala e na blindagem de viaturas de combate –, o que oferece a essas embarcações extrema resistência a situações adversas.

Com foco em sustentabilidade, a DGS desenvolveu essa embarcação com materiais 100% recicláveis. A cabine, de alumínio, e seu casco podem ser totalmente reaproveitados. Além disso, durante o processo de fabricação, os resíduos do corte são aspirados, ensacados e enviados para empresas de reciclagem. No processo de produção, não são gerados ruídos acima de 80 decibéis, gases, fumos nocivos nem contaminação de água.

“Desenvolvemos uma nova geração de lanchas militares para o Brasil. Não existe similar no país. É uma grande conquista da equipe da DGS, que levou quase um ano para desenvolver o projeto do DGS 888 Interceptor”, explica Abilio Di Gerardi, fundador e presidente do estaleiro DGS Defence.

Sobre a DGS Defence

A DGS Defence é um estaleiro carioca dedicado a projetos e construção de embarcações militares, com o uso de alta tecnologia em engenharia naval. Cada lancha DGS é um projeto exclusivo, desenvolvido a partir das necessidades e características especiais de cada missão.

“Criamos uma nova geração de embarcações militares para o governo brasileiro, baseada em inovação tecnológica, desenvolvimento de novos materiais e alta tecnologia naval”, afirma Abilio Di Gerardi, presidente da DGS Defence. “Todas as embarcações tem alta resistência durante a operação – são insubmergíveis e utilizam materiais incombustíveis na sua fabricação, além de oferecer economia operacional, com custo de manutenção extremamente baixo”, explica Abilio Di Gerardi.

Fundada em 1998, a DGS Defence desenvolveu e detém a patente das embarcações tubulares rígidas híbridas (Extreme Hull - XH®). Também possui vários atestados de capacidade técnica de seus clientes, entre os quais Marinha do Brasil, Odebrecht e OceanPact, além de ser homologada pela Marinha do Brasil. E é o único estaleiro do país que produz um modelo de lancha de interceptação e patrulha blindada, de alta velocidade e com sistema de baixa assinatura radar (tecnologia stealth), a DGS 888 Interceptor.

Entre outros modelos de sua linha de produção, destacam-se: a DGS 600, que tem capacidade de transportar até oito tripulantes, possui motorização de 115 a 200 hp e suporta até 1.100 kg de carga, e a DGS 750, com capacidade de transportar até 11 tripulantes, motorização de 150 a 400 hp e capacidade de suportar até 1.520 kg de carga. Todas tem casco extreme hull  – podendo ser arrastadas sobre qualquer superfície, como pedra e areia –, e são insubmergíveis e não pegam fogo.

Ações nas fronteiras prendem 20 mil desde junho de 2011, diz ministério

Estatística é parte de balanço do programa Plano Estratégico de Fronteiras. Iniciativa do governo federal tenta reduzir os crimes nas áreas fronteiriças

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, divulgou nesta terça-feira (18) que 20.737 pessoas foram presas em flagrante durante operações de combate ao crime nas fronteiras do país entre junho de 2011 e novembro de 2012. No mesmo período, informou o ministro, as autoridades policiais apreenderam 81,49 toneladas de drogas e 375 armas de fogo.
Os números fazem parte de balanço do Plano Estratégico de Fronteiras, criado para combater crimes transnacionais na divisa com países vizinhos. As estatísticas foram divulgadas durante cerimônia no Palácio do Planalto que contou com a presença do vice-presidente da República, Michel Temer, e do ministro da Defesa, Celso Amorim.
“Houve investimentos bastante expressivos em matéria de segurança em função da operação das fronteiras. São números que quintuplicam, sete, oito vezes aquilo que se apreendeu no passado”, disse Temer ao anunciar o resultado parcial do programa.
O titular da Justiça revelou medidas que estão sendo tomadas pelo governo federal para reforçar a segurança nas áreas de fronteira, entre elas iniciativas para estimular policiais federais e rodoviários a permanecerem nesses locais.
Segundo Cardozo, está em tramitação na Câmara dos Deputados um projeto de lei que prevê o pagamento de gratificações adicionais aos servidores que se dispuserem a morar em localidades de difícil fixação dos efetivos, consideradas estratégicas. Os municípios que possibilitarão os pagamentos extras serão definidos posteriormente pela União.
O pacote de incentivos para a transferência de servidores para as fronteiras, ressaltou o ministro da Justiça, também inclui a construção de 388 residências para policiais federais e rodoviários até 2014. O investimento do governo nessas moradias alcançará R$ 53 milhões, observou Cardozo.
Segurança nas fronteirasLançado em junho de 2011, o Plano Estratégico de Fronteiras realiza operações policiais nas áreas fronteiriças do país sob a coordenação de órgãos de segurança pública e das Forças Armadas. O programa de segurança nas fronteiras é dividido em duas operações: a Ágata e a Sentinela.
A Operação Ágata é realizada, periodicamente, sob o comando do Ministério da Defesa e com o apoio dos ministérios da Justiça e da Fazenda. Durante as seis edições da operação, informou o governo federal, cerca de 320 mil veículos foram vistoriados, 222 aeronaves inspecionadas e 4 pistas clandestinas de pouso de aviões desativadas. Além disso, foram apreendidos 19.892 quilos de explosivos e 11.801 quilos de entorpecentes.
Já a Operação Sentinela, comandada pelo Ministério da Justiça, é permanente e ocorre em pontos de fronteira considerados vulneráveis pelas autoridades policiais. As ações da Sentinela desarticularam 42 organizações criminosas transnacionais e apreenderam 1,89 milhões de medicamentos falsificados e proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Santiária (Anvisa).
Foi também por meio da Operação Sentinela que ocorreram as mais de 20 mil prisões em flagrante anunciadas nesta terça pelo ministro da Justiça.
Ao todo, 30 órgãos, ligados a 15 ministérios, atuam de forma integrada para combater os crimes fronteiriços. De acordo com o governo, desde que foi deflagrado o plano de fronteiras, cerca de 60 mil militares das Forças Armadas foram destacados para reforçar as operações policiais.
Copa das ConfederaçõesOs ministros da Justiça e da Defesa anunciaram no balanço desta terça que o governo irá intensificar o combate ao crime nas fronteiras nos meses que irão anteceder a Copa das Confederações, evento preparatório para o mundial de 2014.
O Plano Estratégico de Fronteiras assinou acordos de parceria com os governos de Colômbia, Bolívia, Argentina, Paraguai, Peru e Uruguai com o objetivo de dar mais efetitivade ao combate de crimes transfronteiriços.
Essas parcerias, disse o governo, possibilitaram a erradicação de plantações de maconha que poderiam gerar cerca de 400 toneladas de droga no Brasil.
Segundo a Polícia Federal, em 2011, foram queimados 487 hectares de maconha no Paraguai e 100 hectares de plantações de cocaína no Peru. Essa cadeia produtiva interrompida geraria 1.450 toneladas de maconha e 500 quilos de cloridrato de cocaína por ano, equivalentes a 10 vezes o montante da droga recolhido nos nove primeiros meses de execução do plano federal.