Cenas fortes de feridos com shrapnel empregados nas bombas
Cena da explosão em Boston.
O garoto Martin Richard, de oito anos, um dos três mortos nas explosões ocorridas na Maratona de Boston, nos Estados Unidos, nessa segunda-feira (16), estava na linha de chegada da prova, enquanto aguardava o pai, Bill Richard, concluir a corrida, segundo relataram amigos da família ao jornal "Boston Globe".
Martin aguardava a chegada do pai ao lado da mãe, da irmã e de um irmão. Assim que viu o pai se aproximar do final da prova, correu em direção a ele e o abraçou. Ao retornar para o local onde estavam a mãe e os irmãos, o garoto foi atingido pela explosão.
A mãe e a irmã de Martin, que tem apenas seis anos, estão hospitalizadas. Elas estão entre as 17 vítimas gravemente feridas --no total, foram mais de 170 feridos.
A garota teve uma perna amputada em razão dos ferimentos causados pelos estilhaços da bomba. Já a mãe sofreu traumatismo craniano e teve que passar por cirurgia. O irmão de Martin não se feriu. Não há informações sobre o estado de saúde do pai.
Além de correr em maratonas, Bill é líder comunitário no bairro de Dorchester, em Boston. Segundo vizinhos, que afirmaram estar chocados com o ocorrido, a família é muito querida na região. Hoje, amigos depositaram flores e brinquedos na varanda da casa da família, que está vazia, sob vigilância de um policial.
Obama fala em ato de terror
O presidente norte-americano Barack Obama declarou que os ataques foram um "ato de terror" e que as autoridades ainda não sabem os autores nem a motivação do crime.
"O FBI está investigando isso como um ato de terror. Não sabemos quem realizou esse ataque, não sabemos se foi um grupo estrangeiro ou doméstico ou se foi ação de um indivíduo", disse o mandatário, em pronunciamento transmitido pela televisão.
"Cada vez que são usadas bombas contra civis inocentes, trata-se de um ato de terrorismo", afirmou o presidente. "Este foi um ato atroz e covarde."
Testemunhas
O governador de Massachusetts, Deval Patrick, confirmou que foram utilizadas duas bombas no ataque. Informações desencontradas diziam que outros dois artefatos que não explodiram haviam sido encontrados na região do atentado.
"É importante esclarecer que dois e somente dois artefatos explosivos foram encontrados na região. O resto de pacotes que foram analisados não eram artefatos que não explodiram", afirmou Patrick.
Entre a noite e madrugada de ontem, o FBI passou cerca de nove horas em um apartamento atrás de provas que poderiam esclarecer a origem dos ataques.
Os policiais chegaram por volta das 17h (18h no horário de Brasília) de segunda-feira (15) e deixaram o lugar na madrugada desta terça-feira (16), por volta das 2h15 (3h15 em Brasília).
Os investigadores saíram do prédio com três grandes sacos plásticos com o material que foi apreendido. Não se sabe o que havia dentro das sacolas.
Dois homens que se identificaram como sauditas e circulavam pelo prédio foram abordados pelos policiais, mas ninguém chegou a ser preso.
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