ndré Luís Woloszyn,
Analista de Assuntos Estratégicos
Analista de Assuntos Estratégicos
Os crescentes conflitos envolvendo grupos como o “Black Blocs” e outros ainda não completamente identificados, em apoio ou infiltrados em movimentos de classe, vem testando sistematicamente os aparatos de segurança estatais, especialmente as polícias militares, em confrontos que claramente buscam um fato mídia. Este, é obviamente, mostrar a opinião pública, ações mais enérgicas das polícias militares que veem-se obrigadas a utilizar da força na tentativa de conter os atos delinquenciais e proteger as instituições públicas, sua competência constitucional.
Diferentemente dos movimentos sociais que possuem uma clara agenda de reivindicações e que todos já conhecem por tratar-se de lutas históricas, estes entregam-se a um tipo específico de anarquismo, como eles mesmo se definem, promovendo atitudes violentas, vandalismos, destruição de bens públicos e privados, intimidando pessoas e forçando os agentes da segurança pública a agir, sob pena de omissão, um crime considerado grave no âmbito das polícias, baseado na regra do “dever de agir”.
Embora autoridades governamentais procurem desesperadamente buscar novas e mais brandas formas de atuação para suas polícias na coibição de comportamentos de natureza violenta, evocando, inclusive, o direito a livre manifestação e aos direitos humanos, o fato é de que não existe outra maneira para coibir tais atos. Especialmente, quando não houver mais possibilidades de negociação e é exatamente o que vem acontecendo, conforme as imagens veiculadas pela mídia. Qualquer órgão de segurança estatal, nos regimes democráticos ocidentais, agiriam da mesma forma, incluindo a mística polícia inglesa, que mudou sua tática em razão dos constantes conflitos étnicos em bairros da região metropolitana de Paris, com ondas de violência imprevisíveis.
Esta conjuntura, estrategicamente perfeita, acabou criando um paradoxo para quem compete o processo decisório. Se a ação policial conter, entre seus ingredientes, o uso moderado da força, mesmo com a utilização de armas não letais, é alvo de severas críticas de alguns segmentos sociais. Se deixar de agir energicamente e houver depredações e outras formas de violência, da mesma forma, é criticada por não coibir tais atitudes. De qualquer forma, o desgaste da imagem institucional das polícias ocorre, independentemente.
Por outro lado, é perfeitamente compreensível e louvável que estas autoridades estejam buscando outras formas de atuação para a polícia ostensiva no sentido de coibir práticas delituosas durante protestos e minimizar ao máximo os enfrentamentos. Mas não podemos esquecer que, grupos caracterizados como anárquicos não possuem nenhum comprometimento ou fidelidade com qualquer instituição pública ou privada e podem voltar-se rapidamente contra seus próprios apoiadores. A história assim registra centenas de casos. A aplicação da lei seria uma alternativa pois de maneira geral, integrantes destes grupos continuam a agir pelo sentimento de impunidade, contando com a defesa altruística de instituições que aproveitam o momento para buscar visibilidade.
Assim, os governos tornam-se, de certa forma, reféns destes movimentos quando margeiam a difícil fronteira entre o agir e o não agir, ou mesmo o agir, em casos mais graves de perturbação da ordem pública, pois tem a plena consciência de que enfrentamentos sempre resultam em violência, de ambas as partes. Acabam agindo coercitivamente, mas como aquele sujeito que alimenta o crocodilo na esperança de ser comido por último.
Diferentemente dos movimentos sociais que possuem uma clara agenda de reivindicações e que todos já conhecem por tratar-se de lutas históricas, estes entregam-se a um tipo específico de anarquismo, como eles mesmo se definem, promovendo atitudes violentas, vandalismos, destruição de bens públicos e privados, intimidando pessoas e forçando os agentes da segurança pública a agir, sob pena de omissão, um crime considerado grave no âmbito das polícias, baseado na regra do “dever de agir”.
Embora autoridades governamentais procurem desesperadamente buscar novas e mais brandas formas de atuação para suas polícias na coibição de comportamentos de natureza violenta, evocando, inclusive, o direito a livre manifestação e aos direitos humanos, o fato é de que não existe outra maneira para coibir tais atos. Especialmente, quando não houver mais possibilidades de negociação e é exatamente o que vem acontecendo, conforme as imagens veiculadas pela mídia. Qualquer órgão de segurança estatal, nos regimes democráticos ocidentais, agiriam da mesma forma, incluindo a mística polícia inglesa, que mudou sua tática em razão dos constantes conflitos étnicos em bairros da região metropolitana de Paris, com ondas de violência imprevisíveis.
Esta conjuntura, estrategicamente perfeita, acabou criando um paradoxo para quem compete o processo decisório. Se a ação policial conter, entre seus ingredientes, o uso moderado da força, mesmo com a utilização de armas não letais, é alvo de severas críticas de alguns segmentos sociais. Se deixar de agir energicamente e houver depredações e outras formas de violência, da mesma forma, é criticada por não coibir tais atitudes. De qualquer forma, o desgaste da imagem institucional das polícias ocorre, independentemente.
Por outro lado, é perfeitamente compreensível e louvável que estas autoridades estejam buscando outras formas de atuação para a polícia ostensiva no sentido de coibir práticas delituosas durante protestos e minimizar ao máximo os enfrentamentos. Mas não podemos esquecer que, grupos caracterizados como anárquicos não possuem nenhum comprometimento ou fidelidade com qualquer instituição pública ou privada e podem voltar-se rapidamente contra seus próprios apoiadores. A história assim registra centenas de casos. A aplicação da lei seria uma alternativa pois de maneira geral, integrantes destes grupos continuam a agir pelo sentimento de impunidade, contando com a defesa altruística de instituições que aproveitam o momento para buscar visibilidade.
Assim, os governos tornam-se, de certa forma, reféns destes movimentos quando margeiam a difícil fronteira entre o agir e o não agir, ou mesmo o agir, em casos mais graves de perturbação da ordem pública, pois tem a plena consciência de que enfrentamentos sempre resultam em violência, de ambas as partes. Acabam agindo coercitivamente, mas como aquele sujeito que alimenta o crocodilo na esperança de ser comido por último.
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