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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Atentados atingem 16 cidades catarinenses


Onibus incendiado em Florianópolis, em 2012. Foto - RBS
A onda de violência que atinge Santa Catarina segue crescente. Até a tarde de ontem foram mais cinco ataques. Ao todo, em seis dias, desde que criminosos começaram os atentados, foram registradas 50 ações, em 16 cidades. Na madrugada desta segunda-feira, um ônibus foi alvo de quatro disparos em Itajaí e dois homens atearam fogo em um ônibus em Navegantes. Por volta de 8h30, em Joinville, um carro foi incendiado e uma base da Guarda Municipal de São José, na Grande Florianópolis, foi atingida por balas. Quase 50 minutos depois, no centro de Palhoça, a loja Koerich ficou com o banheiro destruído.

A violência no estado se intensificou na última quinta, quando um passageiro sofreu queimaduras durante ataque a um ônibus, em Florianópolis. No domingo, um suspeito morreu em confronto com a polícia. No período, segundo balanço da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), 18 pessoas foram presas e seis adolescentes, apreendidos. Como medida de combate aos atentados, os ônibus em Florianópolis terão redução nas linhas às 20h e param às 23h. Em Joinville, as linhas serão reduzidas às 21h.

De acordo com as autoridades de segurança do estado, as ações estão sendo coordenadas por líderes de uma facção criminosa. Os agentes apuram se os casos estão relacionados com a investigação de uma denúncia de maus-tratos no presídio de Joinville e com a transferência de detentos. Na semana passada, um vídeo da penitenciária foi divulgado e mostrava violência de agentes prisionais. O governador do estado, Raimundo Colombo, admitiu ontem a possibilidade de retaliação por causa da atitude.

Em novembro do ano passado, o estado passou por situação semelhante com duração de sete dias. Na época, foram registrados 68 ataques. Os casos só pararam quando foi anunciada a saída do diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

Nas ações, os criminosos provocam incêndios, disparam tiros e jogam coquetéis molotov (arma caseira incendiária) contra órgãos de segurança, construções, veículos públicos e particulares. A maioria dos atentados foi contra instituições que prestam serviços públicos, sendo alvos 18 ônibus incendiados, quatro instalações da Polícia Militar, três da Polícia Civil e uma do Departamento de Administração Prisional (Deap). A estimativa da secretaria é que 78 pessoas estejam envolvidas. A cidade que registrou mais ocorrências é Joinville, com 12, seguida de Florianópolis, com nove, e Itajaí, com seis.

Na última sexta-feira, o governo estadual anunciou um pacote de medidas para coibir os ataques. Entre as ações, ficou acertado que o policiamento será reforçado nas áreas mais propícias a ataques e os ônibus serão escoltados. Ao fazer o anúncio, o secretário de segurança pública, César Augusto Grubba, afirmou que a onda de violência é resultado do bom trabalho dos organismos de segurança contra o crime.

Denúncia de maus-tratos

O Departamento de Administração Prisional (Deap) apura um caso de maus-tratos a detentos do presídio de Joinville. Em um vídeo, divulgado pela imprensa no sábado, cerca de 10 agentes armados, vestidos de preto, atiram balas de borracha e bombas de efeito moral contra os presos. Nas imagens, os detentos aparecem ajoelhados em fila, olhando para a parede e sem roupa. Um dos presos chega a ser atingido com um jato de spray de pimenta. A operação teria ocorrido no último dia 18. A Deap informou que todos os agentes envolvidos foram afastados. Em novembro do ano passado, situação semelhante foi denunciada por presos da Penitenciária de São Pedro de Alcântara.

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