"A internação involuntária é possível mediante um laudo médico. É diferente da compulsória, que requer uma autorização judicial", explicou o secretário de governo Rodrigo Bethlem, em entrevista ao RJTV.
Segundo a Pefeitura, outros 30, dentre os 91 usuários de crack acolhidos, aceitaram passar por tratamento, mas sem ficar internados. Eles agora serão assistidos pela Secretaria de Saúde.
"Todos que foram acolhidos foram levados para o nosso centro. Lá havia toda uma equipe aguardando, com psiquiatra, médicos, uma equipe multidisciplinar. Esses 30 foram diagnosticados como extremamente graves. Foram encontrados, por exemplo, casos de uma grávida com HIV e outra grávida com tuberculose", explicou o vice-prefeito Adilson Pires à GloboNews.
Pouco antes das 3h, agentes das secretarias municipal Saúde, Desenvolvimento Social e Conservação, Sub-Prefeitura da Zona Norte, Rioluz, Comlurb e CET-Rio, coordenados pela Secretaria Municipal de Governo e com apoio da Guarda Municipal, além de policiais da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) e a PM, chegaram ao trecho da cracolândia.
Pela primeira vez as quatro faixas da Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio, foram interditadas. Houve correria. Homens, jovens, crianças e mulheres atravessavam a via ou fugiam pela passarela 10. Um grupo de dependentes ateou fogo em colchões, sofá e madeira. A PM chegou a usar uma bomba de efeito moral.
Pistas foram interditadas ao tráfego
As pistas centrais da Avenida Brasil ficar fechadas por cerca de uma hora. A pista lateral sentido Centro foi liberada 20 minutos depois. Quase duas horas após o início da operação, apenas uma faixa da pista lateral, sentido Zona Oeste, foi liberada.
Tiro atinge carro, mas motorista escapa
Durante o confronto entre o Bope e bandidos, um tiro atingiu um Gol vermelho estacionado na Rua Teixeira Ribeiro, na altura da Passarela 9 da Avenida Brasil e um dos acessos à Favela Nova Holanda. Segundo o motorista de lotada, de 32 anos, - que preferiu não se identificar - ele tinha deixado um passageiro no local e aguardava o pagamento da corrida em um bar quando teve início o confronto. Ele se abrigou no estabelecimento.
"Sabia que os tiros estavam vindo de onde deixei o carro e já temi pelo pior", relembrou. Um disparo atravessou o vidro dianteiro e ficou alojado no encosto de cabeça do banco do motorista. "A gente acha que esse tipo de coisa não acontece com a gente. Grdaças a Deus não estava dentro do carro se não estariam morto a essa hora", comentou.
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