Jovem se passa por tenente das Forças Armadas para comercializar airsoft. Compra e venda do produto é controlada e precisa do certificado de registro.
Ponta vermelha ou alaranjada diferencia a airsoft de um armamento real. Foto: Reprodução/TV Vanguarda
O Exército e o Ministério Público Federal investigam a venda de armas pela internet feita por um morador de Taubaté que se passa por militar e oferece pistolas e revólveres nas redes sociais. Ele vende réplicas de armas de airsoft, usadas somente para praticantes de tiro esportivo, e que têm a venda para colecionadores e competidores controlada pelas Forças Armadas. As importações ilegais são a principal forma de comercialização ilícita do produto no país.
O jovem usa uma página de relacionamentos na internet para apresentar as armas. Na apresentação dele na rede social, ele se diz tenente. E até coloca o local que seria o atual endereço dele, o Comando da Aviação da Aeronáutica (Cavex) de Taubaté. “Esta pessoa não faz parte do Exército e não faz parte do nosso quadro de instituição", informou o oficial de comunicação do Exércio, major Luciano Bortoluzzi.
Ainda de acordo com Bortoluzzi, uma investigação administrativa foi aberta para apurar o caso, que foi encaminhado para o Ministério Público. O Exército também investiga se alguém de dentro das Forças Armadas colabora com o esquema.
Segundo a Polícia Militar, o uso de réplicas por assaltantes é comum, e quem procura essas armas com intenções criminosas não faz a compra por meios legais. “Dentro das lojas que são legalizadas e comércio legalizados, isso é proibido. O que a gente vê é que a venda é feita de forma clandestina , de pessoas que trazem de fora ", contou o capitão Waldomiro Medeiros.
Segundo a Polícia Militar, o uso de réplicas por assaltantes é comum, e quem procura essas armas com intenções criminosas não faz a compra por meios legais. “Dentro das lojas que são legalizadas e comércio legalizados, isso é proibido. O que a gente vê é que a venda é feita de forma clandestina , de pessoas que trazem de fora ", contou o capitão Waldomiro Medeiros.
A produção da TV Vanguarda entrou em contato com o jovem pela internet, que adverte que o equipamento assusta por ser muito real. Após os primeiros contatos, a negociação foi feita por telefone.
Jovem: Eu encomendei umas pra chegar terça-feira que vem. São duas pretas e duas pratas que vão chegar. Ela são todas em full metal, ou seja, ele é metal mesmo, entendeu? É muito real, o peso é real, tudo é real nela, entendeu? Se alguém te perguntar: "de quem que você comprou?". Eu vou te dar um documento, no qual você comprou esse documento de um oficial do Exército, entendeu?
De acordo com a polícia, o rapaz que oferece o produto na internet já tem condenações em pelo menos dois processos, por estelionato e furto. Neles foram aplicadas penas de prestação de serviços comunitários e pagamento de multa. Ele foi procurado pela reportagem, mas por meio do advogado informou que não iria se manifestar. O vendedor pode responder por crimes como contrabando e falsidade ideológica.
Regras
Para vender ou comprar uma arma airsoft, a pessoa precisa ter uma autorização do serviço de fiscalização de produtos controlados do Exército, o chamado de certificado de registro. A arma comercializada precisa ter a ponta vermelha ou alaranjada, que a diferencia de um armamento real.
Para vender ou comprar uma arma airsoft, a pessoa precisa ter uma autorização do serviço de fiscalização de produtos controlados do Exército, o chamado de certificado de registro. A arma comercializada precisa ter a ponta vermelha ou alaranjada, que a diferencia de um armamento real.
Além disso, o comprador deve ser maior de 18 anos e adquirir a airsoft de um estabelecimento ou vendedor credenciado e com nota fiscal. É necessário ainda ter uma guia de tráfego do Exército para transportar a arma.
Fernando Alves de Moraes é praticante de airsoft há três anos. Ele tem as autorizações pedidas pelos militares e afirma que o esporte não é barato. "No mercado legal você pode estar fazendo aquisição do equipamento eu tenho conhecimento no mínimo por R$ 600, quem está vendendo por R$ 200 ou R$ 300, com certeza é de forma ilegal", afirmou.
Apreensões
Em novembro de 2010 um fuzil, muito parecido com um real, foi encontrado com um homem acusado de cometer assaltos em casas de Taubaté. Na região, a última grande apreensão de produtos como esses foi em fevereiro de 2011. Trezentas peças foram recolhidas de ambulantes em Aparecida.
Em novembro de 2010 um fuzil, muito parecido com um real, foi encontrado com um homem acusado de cometer assaltos em casas de Taubaté. Na região, a última grande apreensão de produtos como esses foi em fevereiro de 2011. Trezentas peças foram recolhidas de ambulantes em Aparecida.
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