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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

TÁTICAS DE MOBILIDADE

Extração

Extração é a retirada do pessoal ou unidade da área de controle inimiga pela furtividade, despistamento, surpresa ou meios clandestinos. Deve ser feita logo após o fim da missão. O local de exfil deve ser planejado e coordenado com as forças de apoio. Consiste no movimento do objetivo até o local de exfil e da exfiltração. Um dos problemas da exfil é que inimigo pode estar avisado da missão sabem que as forças estão tentando escapar.  

Os meios de exfiltração tem algumas opções diferentes da infiltração. No caso de helicópteros as tropas tem recursos de usar técnicas de STABO, SPIES (Special Patrol Insertion/ Extraction Rig), FRIES e até escadas para subir nos helicópteros caso não seja possível realizar um pouso. O penetrador de selva é usado para levar tropas até o helicóptero na selva fechada.

O STABO é usado para pendurar até quatro tropas em uma corda lançada por um helicóptero, em uma extração de emergência, e levá-los até um lugar onde o helicóptero possa pousar com segurança. O método é semelhante ao transporte de cargas externas nos helicópteros. Foi desenvolvido pelo sargento McGuire do projeto Delta para extração rápida na selva e testado em 1968. Só foi usado em 1970 pelo MAC-SOG. É usado quando não é possível pousar o helicóptero. É um método muito perigoso, mas preferível do que ficar exposto ao fogo inimigo. É um exemplo de inovação proposto pelas FopEsp.

COMANF
Tropas do COMANF fazem uma demonstração do sistema de extração de emergência por helicóptero STABO.

Na extração na água e ar, assim como a infiltração, são usados devido a distância, tempo curto, inimigo sem superioridade aérea ou naval, presença de áreas populosas e extração de feridos. A exfiltração por terra é feita se não tiver outra opção, ou tropas amigas estiverem perto, o terreno favorecer, presença de áreas inabitadas, o inimigo estiver disperso e a presença do inimigo inviabilizou a exfiltração aérea. Por exemplo, na Guerra de 1965, comandos paquistaneses atacaram três bases aéreas indianas próximas a fronteira logo após serem atacadas por aeronaves. Não tiveram muito sucesso e tiveram que voltar a pé devido a falta de opção. 
A exfil por terra é a menos satisfatória. Só e feita quando não há alternativa. Se a força inimiga for grande, equipada com veículos e o terreno não tiver muita cobertura as chances de escaparsão poucas.  

Na prática são esperados o uso de meios de infiltração e exfiltração múltiplos, ou mistos, e ao mesmo tempo por várias tropas. Por exemplo, como vingança ao massacre de atletas na olimpíada de Monique em 1972, Israel lançou um ataque contra três lideres do Setembro Negro no Líbano. Cerca de 30 operadores do Sayret Mat'Kal
 foram lançados em seis Zodiac de navios e desembarcaram em uma praia já segura pelos comandos navais do Sayret 13 (S-13). Foram levados por agentes do Mossad até a casa onde estavam os alvos. Mataram o sentinela e eliminaram os alvos. Ao mesmo tempo outro grupo atacou o quartel da OLP no Líbano. Os inimigos no quartel reagiram e subiram de elevador para serem massacrados quando a porta abriu. Um terceiro grupo destruiu uma fábrica de bombas do Setembro Negro. A exfiltração foi por helicóptero. Os comandos navais S-13 voltaram para os três navios patrulha da mesma forma que chegaram, nadando.

Na operação Reindeer em 1978, os sul africanos realizaram o seu primeiro assalto aéreo contra uma grande base terrorista da SWAPO em Angola. A base estava a 250km da fronteira e os pára-quedistas seriam o único meio de chegar lá. Helicópteros Puma seriam usados para exfiltração. O ataque foi iniciado com jatos Mirage da Força Aérea da África do Sul atacando a base. A missão deveria durar apenas duas horas, mas os pára-quedistas foram lançados fora da zona de salto. Com o atraso deu tempo de blindados de uma base próxima chegarem. Uma equipe anti-carro já estava preparada e fez bloqueio incluindo minagem da estrada. As minas conseguiram parar a coluna que avançava e que foi atacada depois pelo ar. Os sul africanos criaram uma base temporária para 15 helicópteros Puma próxima a área de ação com 42 tropas de segurança. Os pára-quedistas foram retirados para esta base e depois de volta a Namíbia. Os terroristas sofreram cerca de 800 baixas e com grande perda de material. Os pára-quedistas sofreram menos de 20 baixas.
Em 9 de setembro de 1970, durante a Guerra de Atrito entre Israel e o Egito, Israel usou blindados soviéticos capturados para realizar um assalto anfíbio em El Hafair. Depois de desembarcados a coluna blindada percorreu cerca de 50km destruindo tudo no caminho. Foram 150 egípcios mortos incluindo um general soviético.


Special Forces

Uma equipe de Forças Especiais em um bote Zodiac entram diretamente na traseira de um Chinook que tem capacidade anfíbia.

Exfil

Uma equipe das Forças Especiais americana treina exfiltração de emergência na porta da estação de munição do canhão do AH-1 Cobra no Afeganistão.

exfil

Quando os helicópteros não podem pousar podem lançar escadas para as tropas em terra.Fulton
No STAR (Surface To Air Recovery), ou Sky Hook, o operador é levado rapidamente da superfície para aeronave em vôo. A aeronave precisa estar equipada com o sistema Fulton. A aeronave primeiro lança o kit com balão, garrafas de gás hélio, cabos, cintos e equipamentos de proteção, geralmente lançado no dia anterior. O operador veste a roupa proteção e um balão é inflado e sobe levando o cabo em uma operação que dura cerca de 20 minutos. Uma aeronave com gancho especial no nariz pega o cabo. A aceleração é a mesma de um pára-quedas abrindo. O operador é puxado para dentro da aeronave depois. O sistema não precisa de treino e é perigoso. Se o cabo quebrar na hora de enganchar o operador sobe alguns metros e cai. Se quebrar depois pode ser mortal. Outro risco é colisão com algum objeto ou com a aeronave. O STAR foi desenvolvido durante o conflito no Vietna pelo US Army. O STAR é uma forma de extração a longa distância para locais onde não é possível operar helicópteros. Até duas pessoas ou carga equivalente podem ser exfiltradas ao mesmo tempo. Pode ser usada para levar prisioneiros e feridos. Para transportar uma maior quantidade de tropas é perigoso pois a aeronave vai ter que realizar várias passadas. O STAR pode ser feito na água a partir de um pequeno bote inflável.

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