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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

sábado, 10 de março de 2012

Agrupación de Fuerzas Especiales Antiterroristas Urbanas - AFEUR




A Colômbia tem um longo histórico de violência. As maiores ameaças são os grupos guerrilheiros e os narcotraficantes. Devido os constantes ataques de grupos de guerrilheiros cometidos em várias cidades, o Exército colombiano criou uma unidade especialmente treinada para lidar com esta ameaça. A unidade foi projetada para implementar e coordenar operações com outras unidades do Exército no combate ao terror. Apesar do longo conflito com a guerrilha há quase 40 anos, dois atos terroristas, em particular, influenciaram a criação da unidade, um deles foi a tomada da embaixada da República Dominicana em 1980 e o outro a invasão ao Palácio da Justiça em 1985.

Logo após a sua criação em 1985 a unidade começou a mostra sua eficiência, e por essa razão, a partir de 2003, o governo decidiu estabelecer unidades de operações antiterroristas em todas as grandes cidades colombianas, como Medellín, Cali, Bucaramanga e Barranquilla. Ao todo são cerca de 14 unidades, o numero de soldados em cada uma não é certo, mas algumas fontes dizem que são cerca de 30 homens. A cidade de Bogotá tem duas unidades, uma para a cidade e outra para o Palacio de Nariño, a sede da Presidência de Colômbia para trabalhos de segurança do Governo.

Todas estas pequenas unidades formam uma única entidade, operando sob o nome de AFEUR. Também foi criada uma unidade naval AFEUR dos Corpo de Fuzileiros Navais. Apesar de serem treinados pelo Exército, esta unidade naval é especializada em infiltração e combate subaquático, devido à sua natureza anfíbia. A sua missão é executar as mesmas ações que os seus homólogos terrestres e apoiar a nível de operações especiais as unidades convencionais quando estas operam em áreas suburbanas.

Operador do AFEUR com sua boina vermelha e insígnia. Ele usa o antigo padrão de camuflagem americano BDU. Em 2006 o Exército da Colombia adotou o padrão de camuflagem digital.

Operadores do AFEUR cm sua nova camuflagem digital de quatro cores conhecido por Padrão Patriot. Esse padrão foi desenvolvido conjuntamente pelo Exército dos EUA, o Exército da Colômbia e universidades colombianas.
Foram produzidos três esquemas de camuflagem: um
predominantemente verde floresta, uma versão deserto predominantemente marrom, e uma versão predominantemente branca para a neve.
Os militares desta foto estão armados com o fuzil-automático israelense IMI Tavor TAR-21.

Seleção
Membros de todos os ramos militares da Colômbia e da Polícia Nacional são elegíveis para participar do AFEUR. O candidato não pode ter nenhum antecedente criminal, e já deve ter algum treinamento especial anterior, como o curso de Lancero do Exército colombiano, ou outra formação no exterior.

A formação tem lugar na Escola de Comunicações do Exército colombiano, em Facatativá perto de Bogotá (que também serve como sede da unidade), e inclui operações aéreas, operações noturnas, e Close Quarters Combat - CQC. É dividido em duas fases: a primeira com foco no trabalho em equipe, enquanto o segundo concentra-se em habilidades especiais, tais como explosivos, treino paramédico, pontaria e tiro, entre outros.

O grupo principal
AFEUR também compartilha a formação com operadores de unidades de forças especiais de outros países - mais provavelmente com o EUA , devido ao acordo de cooperação militar estabelecida entre os dois governos, e talvez também com o Reino Unido (embora isto seja menos conhecido devido ao baixo perfil que os militares do Reino Unido gostam de manter em suas operações).

Treinamento
Desde do momento de sua criação, o AFEUR tem focado seus esforços na melhoria da capacidade operacional do seu pessoal, sabendo que esta meta só será alcançada com treinamento duro e constante, buscando determinar as capacidades e fraquezas do pessoal que integra esta unidade de elite.

Um militar que serve nesta unidade começa com um treinamento básico de seis semanas em todas as áreas de operações urbanas, como reação e tiro de precisão a uma distância curta de combate, com o fim de resgatar reféns ou seqüestrados, procurando eliminar qualquer baixa civil. Os homens devem ser habilitados a infiltrações rápidas com helicópteros, inclusive usando rapel.

Entre as diferentes especialidades que cada homem da unidade pode ter estão: atirador de elite, paramédico, comunicações e treinamento de combate aproximado e urbano.

Homens do AFEUR treinam a invasão de um prédio

Para facilitar o seu treinamento foi criada uma
cidade-fantasma chamada de
Lunyou Facatativá
.
De acordo com a missão que se têm em mente, se configura a cidade com terroristas, reféns, guerrilheiros, alvos militares, etc. Se gastar mais que dez horas por dia recriando situações hipotéticas. Em certo dia Lunyou é uma cidade tomada pelos guerrilheiros, e os militares precisam ir para as ruas e eliminá-los. Perto da cidade-fantasma tem um edifício de três andares, com paredes intercambiáveis onde os militares podem simular o resgate de reféns e competir contra o relógio e os terroristas de papelão pelo controle da construção. Deve-se dominar o prédio em dois minutos, e eles começam a avançar a partir cordas fixas em helicópteros ligeiros. Ao lado do edifício existe uma outra casa com marcas de tiros de verdade. Eles têm poucos segundos para entrar nos quartos e decidir em quem atirar. Esses homens também treinam o assalto contra aeronaves comerciais, trens e ônibus.

Eles têm a melhor tecnologia ao seu serviço. Cada homem carrega 50 milhões de dólares em equipamentos. Eles carregam armamento americano como os rifles Bushmaster M4 e pistolas com silenciador. além é claro de óculos balísticos ou de visão noturna, marcaras conta-gás, rádios táticos e coletes e capacetes balísticos.

Eles também estudam casos nacionais e internacionais que foram sucesso ou não como a tomada da embaixada da República Dominicana em 1980 na Colômbia ou a libertação dos 72 reféns no Peru em 1996, quando a residência do embaixador japonês em Lima foi invadida por guerrilheiros.

Além de treinar para libertar reféns, os militares do Agrupación de Fuerzas Especiales Antiterroristas Urbanas também treinam duro para realizarem operações de assalto em cidades e capturar os líderes guerrilheiros ou traficantes.

Organização
A organização básica de uma AFEUR é chamada de Equipe de Assalto e cada uma é composta por um oficial, um sargento e três Infantes. A denominação colombiana de cada um é asaltante e dentro de suas especialidade temos o encarregado de explosivos, um paramédico e um atirador de elite. Cada um dos homens procura desenvolver a sua especialidade e conhecer bem o seu papel no desenvolvimento de uma operação. 

Armas e equipamentos
Esta unidade está sob o comando direto do "Comando Geral das Forças Armadas" e está autorizada a usar qualquer transporte aéreo militar para garantir a sua mobilidade, além do uso de todos os tipos de armas ou equipamentos adicionais necessárias para realizar suas missões.

Entre as principais armas leves que os homens usam estão:
- IMI Tavor TAR-21
- Heckler & Koch MP5
- Remington 700
- Galil ACE

Operador do
Eficiência
A capacidade operacional desta unidade é o antiterrorismo, contraterrorismo, resgate de reféns ou seqüestrados, proteção de líderes (quando o Presidente da Colômbia vai para Cartagena a unidade é que assume a sua segurança), operações helitransportadas e de alta mobilidade noturna. Eles trabalham sob o nome de águias devido a grandeza e silêncio desta ave de rapina.

Premiações
A eficácia desta unidade conhecida pelo seu constante treinamento e pela eficácia com que realiza as suas operações. exposição de viver operações. O AFEUR
é considerada como uma unidade de primeira classe.

Como demonstração das suas qualidade o AFEUR
ganhou o concurso "Fuerzas Comando 2005" que teve lugar no Chile em junho de 2005 com duração de duas semanas. Este concurso anual é promovido pelo Comando Sul dos EUA e pelo Comando de Operações Especiais dos EUA com equipes similares da América Central, América do Sul e Caribe.

No ano seguinte, 2006, e pela segunda vez consecutiva, a equipe venceu o mesmo concurso, desta vez "Fuerzas Comando 2006" no Paraguai. A equipe, três operadores do Exército, dois da Força Aérea e dois da Marinha, apresentaram um desempenho similar em relação ao ano anterior, com cursos de sniping e equipe de trabalho como seus principais pontos fortes.

Novamente em 2007, eles superaram 18 delegações de outros para ganhar a competição pela terceira vez consecutiva. Desta vez "Fuerzas Comando 2007" em Honduras. Os sete representantes (dois do Exército, três da Força Aérea e dois da Marinha) impressionaram os juízes com a sua resistência e suas habilidades de tiro.

Mais uma em 2008, os colombianos ganharam a competição, que foi realizada em Camp Bullis, San Antonio, Texas, nos EUA.

Operações
A missões do AFEUR são secretas. Seus militares são proibidos de falarem sobre elas. O país nunca sabe onde esses militares estão ou o que fazem. Por isso é difícil relatar as suas ações. Apesar da maioria delas são serem divulgadas
os comandantes sabem que seus "golpes de mão" fazem a diferença na luta travada pelas Forças Armadas colombianas contra os guerrilheiros, terroristas e o crime organizado.

Eles proveram várias vezes a segurança para Presidentes dos EUA em visita a Colômbia: Na cidade de Cartagena - Bill Clinton em 2000 e George W. Bush em 2004. Em 2007 eles proveram a segurança para o Presidente Bush em sua visita a Bogotá. Os homens da AFEUR faziam o segundo anel de segurança, e os agentes americanos do Serviço Secreto montavam guarda no primeiro anel.


Planejamento de uma operação antiterrorista

AFEUR com óculos de visão noturna e um fuzil-automático israelense IMI Tavor TAR-21

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