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Guarda Municipal RJ, integrante do antigo Grupamento de Ações Especiais e agora GOE, Grupamento de Operações Especiais

quinta-feira, 15 de março de 2012

JOINT TASK FORCE TWO - JTF-2



DEUXIÈME FORCE OPÈRATIONNELE INTERARMÈES
  


DCDS logo.




Operadores da JTF-2 retiram prisioneiros da Al-Qaeda de um CH-53 americano no Afeganistão.
A imagem de operadores da JTF-2 retirando prisioneiros da Al-Qaeda de um helicóptero americano (USAF 695737) no Afeganistão correu o mundo. A imagem foi impressionante não porque eram vistos terroristas presos, mas porque esta foi a primeira foto "oficial" desta que é uma das mais secretas forças especiais do mundo em ação, no exterior. A Joint Task Force Two (JTF 2) é uma Força de Operações Especiais do Canadá que tem como missão primária a execução de operações antiterroristas a nível federal e estratégico.








 missão
Joint Task Force 2
A missão da JTF-2 é prover uma força capaz de fornecer auxilio armado em um incidente, que possa afetar interesses nacionais canadenses. O foco primário da JTF-2 é o contraterrorismo, entretanto, a unidade pode ser empregada em outras tarefas de valor estratégico, principalmente em apoio a ações da OTAN.

Histórico
Canadenses servirão com distinção em várias unidades especiais Aliadas durante a Segunda Guerra Mundial, britânicas e americanas. Podemos citar o o 1º Batalhão de Pára-quedistas canadense que fez parte da  6ª Divisão Aerotransportada britânica e o 2º Batalhão Aerotransportado canadense que depois se juntou a forças americanas e formou a lendária 1st Special Service Force, também conhecida como "The Devil's Brigade". Tanto o 1º quanto o 2º Batalhão de Pára-quedistas canadense tiveram participação ativa no teatro do norte da Europa, passando pela Normandia, Reno e Wismar. Muitos outros canadenses, individualmente, participaram das unidades de Commandos britânicas. Apesar das táticas, armas e tecnologia terem mudado, hoje os homens do JTF-2 perpetuam a tradição de valor das forças especiais canadenses.
A Joint Task Force Two (JTF-2) foi criada em 1º de abril de 1993, quando as Forças Armadas Canadenses aceitaram a responsabilidade de realizar operações antiterroristas a nível federal, que estavam até este momento sob a responsabilidade da Real Policia Montada Canadense, que deixou esta função quando a sua SERT (Special Emergency Response Team) foi extinta. A JTF-2 também desempenha a função de Força de Segurança VIP.
Desde sua criação a unidade procurou sempre se aperfeiçoar lançando mão de novas táticas, armas e tecnologia. Com os acontecimento de 11 de setembro de 2001, a JTF-2 se viu mais do que nunca necessária, como força altamente preparada, para defender os interesses canadenses contra o terrorismo internacional, que se apresenta como um inimigo ardiloso, determinado e sanguinário. Para se manter sempre apta a realizar missões de alto risco e importância a nível federal e estratégico a JTF-2 continuamente desenvolve novas capacidades, lançando mão de todo tipo de inovação na âmbito das operações especiais. 


Os membros da JTF-2 podem operar nos mais difíceis ambientes
Operações
O ano de 2001 foi um marco importante na história de JTF 2. A unidade foi enviada para fazer parte das forças de operações especiais que serviam a Coalizão antiterror que foi formada para combater a Al-Qaeda e o Taleban no Afeganistão. Esta foi a primeira vez, oficialmente, que a JTF-2 foi usada fora do Canadá. 
Os combates no Afeganistão foram muito duros e além de operar ao lado do SAS e SBS britânicos, do SASR Australiano e das US Special Forces (Delta, Boinas Verdes e Seals), o JTF-2 também operou ao lado das forças canadenses deslocadas para o Afeganistão. Neste país a JTF-2 participou da Task Force K-Bar, como parte de uma grande operação envolvendo 7 nações. A Task Force K-Bar realizou cerca de 42 missões de "ações diretas", reconhecimento e vigilância. Dentro de um período de seis meses  os operadores da JTF-2 participaram da eliminação de 115 membros do Taleban e da Al-Qaeda e da prisão de outros 107, entre eles muitos líderes rebeldes e terroristas.
Durante a operação Anaconda homens da JTF-2 se posicionaram nos cumes da montanhas para repassar inteligência para as tropas da Coalizão.
Acreditasse que a JTF-2 operou secretamente na Bósnia (levantando inteligência e designando alvos para aviões da OTAN), e se envolveram diretamente no conflito depois que 55 militares canadenses fora feitos reféns de forças sérvias no inverno de 1994. Os militares foram libertados antes da operação de resgate se concretizar, mas autoridades canadenses se negaram a confirmar que JTF-2 participou desta missão. 
Homens da JTF-2 também assessoraram o governo peruano durante o seqüestro da embaixada do Japão em 1996. Segundo informações, a idéia era usar um Airbus canadense para levar os terroristas para Cuba, só que no avião estaria uma equipe do JTF-2 escondida. Posteriormente o Exército peruano invadiu a embaixada, matou os terroristas e libertou os reféns. 
Operadores do JTF-2 proveram a segurança do general canadense Maurice Baril em 1996 durante a sua visita a Ruanda e Zaire. Acredita-se que comandos do JTF-2 também trabalharam ao lado do SAS, Delta Force e Seals em Kosovo, orientando os aviões da OTAN em seus ataques aéreos contra forças sérvias. 
Por estas e tantas outras atuações (secretas) a JTF-2 ganhou o respeito e a admiração de outras forças especiais, em especial britânicas e americanas. 
Um especialista militar disse o seguinte sobre os homens da JTF-2: "Os soldados da JTF2 não são treinados para tomar e segurar uma posição, o que eles fazem é se infiltrar em áreas perigosas atrás das linhas inimigas, procurar objetivos chave e os destruir. Eles não saem por ai para prender as pessoas. Eles não saem por ai para entregar pacotes de comida. Eles saem para matar objetivos". 
Organização, Seleção e Treinamento
Devido a natureza estratégica de suas missões a JTF-2 responde diretamente ao Chefe das Forças Armadas do Canadá. Desta forma esta força de elite pode ser rapidamente acionada em momentos críticos e também dá a JTF-2 acesso a inteligência estratégica, como também melhores recursos operacionais. A JTF-2 está baseada em Dwyer Hill Training Centre, próximo a Ottawa (mas talvez seja transferida para Petawawa).
Na base existe um local para treinamento CQB (close-quarter battle), um prédio para simular resgate, um ônibus, um DC-10, um ginásio e uma piscina olímpica. A JTF-2 tem um tenente-coronel como comandante. Os homens são organizados em pequenas equipes de 2 a 4 conhecidas como " bricks". Cada " brick" tem uma especialidade (comunicações, sniper, etc.). Uma tropa de 20-30 homens é comandado por um Capitão.
Qualquer membro da Forças Armadas Canadenses (Marinha, Exército ou Força Aérea) pode se apresentar como voluntário para servir na JTF-2. Porém é necessário que o candidato tenha servido no mínimo 2 anos em uma das armas. A JTF-2 também pode recrutar homens da Força Regular de Reserva. 
Depois de uma dura seleção (só um ou dois em cada dez passam), realizada no Dwyer Hill Training Centre em Ottawa, os candidatos são declarados pertencentes a JTF-2. Mas nos próximos anos cada novato passará por constantes treinamentos para que possa se equiparar com os veteranos em termos de conhecimentos teóricos e práticos. 
Somente de 200 a 250 homens fazem parte da JTF-2. Eles são altamente motivados, dedicados e maduros física  e  mentalmente. A JTF-2 tem alto padrões de profissionalismo, integridade, perfil psicológico, aptidão mental, física, disciplinar e de maturidade. Estes padrões são requeridos de todos os membros da unidade, e são testadas regularmente como parte integral da JTF-2. A média de idade de seus membros é de 28 anos.
Acredita-se que seu treinamento é baseado no modelo do SAS, apesar do intercâmbio com as forças especais dos EUA ser intenso. Por viverem e um país bilíngüe os operadores da JTF-2 são versados no inglês e francês. O pessoal da JTF-2 é altamente especializado em operações em ambiente ártico devido as condições climáticas do Canadá.  
O Canadá investe pesadamente nesta unidade. Em dezembro de 2001 foi aprovado um investimento de cerca de 120 milhões de dólares a serem gastos com a JTF-2 nos próximos seis anos, com o objetivo de expandir a capacidade da unidade.

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